E então Deus disse: façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra. E Deus viu que isso era bom. E, pegando o jeito da coisa, disse: façamos David Villa. Que ele carregue a Espanha na Eurocopa, que marque gols na facilidade e na dificuldade, mesmo quando não houver tempo.
* * *
Contrariando a boa apresentação da estréia, a Espanha parou após um quarto de hora no jogo deste sábado, em Innsbruck. Exatamente aos 15 minutos, quando fez uma bela jogada num escanteio, trocando passes rasteiros para evitar disputar por cima contra a alta defensiva sueca, o onze de Luis Aragonés chegou ao 0-1 – por meio de Fernando Torres, que desviou com o pé o último passe e único cruzamento da trama. E aí, relaxou.
A Suécia, tecendo comentários elogiosos aos espanhóis durante a semana, estaria contente se saísse da partida de hoje com um empate. Em desvantagem, mas sem ser acossada nos minutos seguintes, partiu ao ataque pelo pontinho. Nisso, a Roja perdeu Puyol, lesionado, aos 24; pelo espaço dele, saiu o empate: dez minutos depois, Ibrahimovic recebeu a pelota na área espanhola e, marcado por Sergio Ramos, que cobria o lugar deixado pelo substituído, conseguiu domínio. E virada. Bateu para a meta. Muito próximo de Casillas, o chute teve força suficiente para não mudar de caminho mesmo após desvio do goleiro, entrando em 1-1.
Voltou a buscar a vitória, o time que se dizia favorito. A Espanha foi ao intervalo reclamando de um pênalti não dado sobre David Silva no último lance da etapa inicial, e retornaria ao segundo tempo mais ofensiva – em boa parte, não por ânimo próprio, e sim pelo pouco ímpeto dos suecos que foram forçados a substituir o seu principal nome: Ibrahimovic, como na partida contra a Grécia, não pôde completar os noventa minutos, e durou em campo apenas o necessário para balançar as redes.
Balançar as redes, isso era o que os espanhóis precisavam. Deixaram os escandinavos no campo defensivo deles e cercaram a área durante toda a parte final do jogo, num domínio grande ao ponto de a primeira oportunidade mais real da Suécia ter sido vista somente aos 78 minutos, e mesmo assim originada duma bola parada. O triunfo estava nas mãos da Fúria – desde que passasse pelo goleiro Isaksson de formidáveis paradones. Veio mais retranca sueca, mantendo dez homens no campo defensivo, e mais pressa espanhola, consciente das incertezas de não decidir a classificação logo. Enquanto Espanha não passava por Isaksson, o tempo, esse sim passava por entre os dedos espanhóis, esvaindo-se perigosamente.
Quase não restava tempo, menos de cem segundos, pelos momentos em que, na banda esquerda defensiva dos vermelhos, Capdevila mandou um lançamento para o ataque. Apenas uma jogada desesperada. Lá na frente, contudo, havia David Villa. O homem do hat-trick na vitória da estréia. O homem do gol salvador na vitória da quase passagem de fase de hoje. Villa contou com a falha do marcador Hansson, aplicou-lhe um drible, e ficou, pela esquerda, sozinho diante do goleiro. Um duelo particular de frações de segundo. Agora, mais uma defesa daquele que vinha segurando o resultado não seria algo praticável. O novo 7 espanhol bateu na saída de Isaksson e correu para os festejos. 90+2 minutos, 1-2 no placar.
Ainda sem ter confirmação de que não repetirá o fracasso de outros anos, a Espanha pelo menos sabe que tem David Villa. Ele e seus gols a carregam para a seqüência das mais doces ilusões de glória.
A Suécia, tecendo comentários elogiosos aos espanhóis durante a semana, estaria contente se saísse da partida de hoje com um empate. Em desvantagem, mas sem ser acossada nos minutos seguintes, partiu ao ataque pelo pontinho. Nisso, a Roja perdeu Puyol, lesionado, aos 24; pelo espaço dele, saiu o empate: dez minutos depois, Ibrahimovic recebeu a pelota na área espanhola e, marcado por Sergio Ramos, que cobria o lugar deixado pelo substituído, conseguiu domínio. E virada. Bateu para a meta. Muito próximo de Casillas, o chute teve força suficiente para não mudar de caminho mesmo após desvio do goleiro, entrando em 1-1.
Voltou a buscar a vitória, o time que se dizia favorito. A Espanha foi ao intervalo reclamando de um pênalti não dado sobre David Silva no último lance da etapa inicial, e retornaria ao segundo tempo mais ofensiva – em boa parte, não por ânimo próprio, e sim pelo pouco ímpeto dos suecos que foram forçados a substituir o seu principal nome: Ibrahimovic, como na partida contra a Grécia, não pôde completar os noventa minutos, e durou em campo apenas o necessário para balançar as redes.
Balançar as redes, isso era o que os espanhóis precisavam. Deixaram os escandinavos no campo defensivo deles e cercaram a área durante toda a parte final do jogo, num domínio grande ao ponto de a primeira oportunidade mais real da Suécia ter sido vista somente aos 78 minutos, e mesmo assim originada duma bola parada. O triunfo estava nas mãos da Fúria – desde que passasse pelo goleiro Isaksson de formidáveis paradones. Veio mais retranca sueca, mantendo dez homens no campo defensivo, e mais pressa espanhola, consciente das incertezas de não decidir a classificação logo. Enquanto Espanha não passava por Isaksson, o tempo, esse sim passava por entre os dedos espanhóis, esvaindo-se perigosamente.
Quase não restava tempo, menos de cem segundos, pelos momentos em que, na banda esquerda defensiva dos vermelhos, Capdevila mandou um lançamento para o ataque. Apenas uma jogada desesperada. Lá na frente, contudo, havia David Villa. O homem do hat-trick na vitória da estréia. O homem do gol salvador na vitória da quase passagem de fase de hoje. Villa contou com a falha do marcador Hansson, aplicou-lhe um drible, e ficou, pela esquerda, sozinho diante do goleiro. Um duelo particular de frações de segundo. Agora, mais uma defesa daquele que vinha segurando o resultado não seria algo praticável. O novo 7 espanhol bateu na saída de Isaksson e correu para os festejos. 90+2 minutos, 1-2 no placar.
Ainda sem ter confirmação de que não repetirá o fracasso de outros anos, a Espanha pelo menos sabe que tem David Villa. Ele e seus gols a carregam para a seqüência das mais doces ilusões de glória.
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