sábado, 14 de junho de 2008

Euro/08 - Grécia 0-1 Rússia

Dois erros no jogo de hoje permitiram que, ao final da segunda rodada da Eurocopa 2008, pudesse se afirmar: os campeões estão fora. Em Salzburgo, a Grécia começou a perder graças a uma falha monumental do goleiro Nikopolidis e, no fim, não pôde empatar por culpa de uma marcação equivocada da arbitragem. Levou 0-1, jogará contra a Espanha por maçãs e assistirá as finais em casa.

Numa primeira análise, eliminação pelos erros pontuais, mas está claro que foi mais que isso. Desde a estréia, diante da Suécia, notou-se a pouca eficiência ofensiva do time treinado por Otto Rehhagel. Sua doutrina sempre foi apostar numa respeitável retranca, saindo em contra-ataques e fazendo ouro com as bolas paradas para superar os oponentes, por mais fortes que fossem – assim venceu a última Euro, ganhando as três partidas do mata-mata (França, Rep. Tcheca e Portugal) por pragmáticos 1-0. Em 2008, faltou aquela eficiência campeã, e o time se tornou um inofensivo.

Neste sábado, ficou óbvio o pouco temor causado pelos gregos, sem dar golpes. Primeiro, a falha de Nikopolidis, o gol da vitória russa, no minuto 33: uma bola centrada para a área, passando por cima da cabeça do arqueiro, que sai, tentando pegar a sobra – não consegue agarrar a tempo, e um russo chega cruzando para o meio. A meta aberta é um convite para Zyryanov emendar de primeira e anotar o gol. Os detentores do título seguiram dominados, tiveram ajuda da trave, poderiam ter sofrido uma desvantagem maior.

Só foi crescer nos 45 minutos finais, a Grécia, e nem assim serviu para deixar os russos menos arriscados – de um monólogo, o jogo se fez enfim parelho, proporcionando esperanças de empate. Concretizadas aos 86, e aí veio o segundo erro decisivo da noite: os juízes tiraram dos helênicos o gol marcado por Gekas, alegando impedimento. Inexistente.

Pelos erros, mas principalmente por demorar demais a lembrar os tempos em que representava perigo, a Grécia saiu de campo com a dura pena da eliminação precoce. A Rússia, embora vencedora por contagem magra, apresentou algumas das virtudes esperadas (e sumidas na estréia). Irá para a última rodada duelar pelo segundo lugar contra a Suécia – e estará fortalecida pelo retorno do seu camisa 10, Andrei Arshavin, ausente nas duas primeiras rodadas por suspensão arrastada desde as eliminatórias.

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