

Eu fui, ainda sou, um torcedor do Felipão. E esses são os relatos de um aficionado durante aquela Euro. Lembro bem da estréia, quando a bizarra Grécia, de participações sempre abaixo de medianas em competições internacionais, aplicou 1-2 em Portugal – e era para ser 0-2, mas Cristiano Ronaldo descontou no fim. Depois Portugal se recuperou, fez 2-0 na Rússia, 1-0 na Espanha, tirou a sonhadora Fúria (fracassos espanhóis nunca foram muito inesperados depois de 1964) e passou como líder do grupo – mas ao lado da tal Grécia, classificada graças ao número de gols marcados.
Nas outras chaves, times como Itália e Alemanha fracassavam logo de início. A azzurra caiu numa roda
As quartas-de-final foram épicas. O onze de Felipão foi a campo contra os poderosos britânicos e levou 0-1 com 3 minutos. Insistiu, insistiu, insistiu, e pareceu ficar só na insistência. A bola não quis entrar. De maneira alguma. O selecionador botou, aos 75 minutos, Hélder Postiga em campo. Postiga havia esquentado o banco em toda a primeira fase, nunca entrara em campo. Uma substituição estranha.
Aos 83 minutos, Hélder Postiga fez o gol de empate português.
Na prorrogação, os lusos viraram com Rui Costa, aos 110, mas a batalha não teve fim. Frank Lampard igualou cinco minutos depois e levou a partida para os pênaltis. O heroísmo, a estrela de Felipão. Desde os onze metros, as cinco primeiras cobranças foram perfeitas. Aí apareceu Ricardo. Em Portugal, havia grande reclamação pelas escolhas de Scolari. Vítor Baía era o grande goleiro do país, eleito o melhor da Europa em 2003/04, era absurdo tirá-lo do time – e, pior, tirá-lo da convocatória! Baía não foi nem segundo reserva. Felipão apostou em Ricardo. Sem as luvas, o arqueiro parou o sexto tiro inglês, desferido por Darius Vassell. Tomado de loucura, pediu para fazer a cobrança seguinte, e converteu. 5-6 Portugal, vaga nas semifinais.
Os outros jogos das quartas tiveram passagens de fase da Holanda sobre a Suécia (0-0 no tempo normal, 5-4 nos pênaltis), uma divertida classificação da ainda desprezada Grécia, acabando com a decadente França (1-0, gol de Charisteas) e a fácil eliminação da Dinamarca proporcionada por uma arrasadora República Tcheca (3-0). Sobre os tchecos, aliás, Felipão disse antes da Eurocopa: são o melhor time em atividade no continente.
Pareciam ser, mesmo. Venceram todos os quatro jogos disputados até ali, chegavam às semifinais favoritíssimos contra a Grécia. Mas os helênicos eram realmente fortes, não

Seria a chance de vingança, aquela final no Estádio da Luz. Portugal não cometeria o mesmo erro da estré

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