
Aquilo tudo era uma realidade praticamente inimaginável naqueles dias entre 1986 e 1988, quando tiveram lugar as disputas das eliminatórias e da própria Eurocopa. À época, pouquíssimos tomariam por indício de alguma mudança próxima pela Europa Oriental o fato de que, sempre forte, ela mandava agora apenas um representante para o maior torneio entre nações do continente. Seu solitário e derradeiro pendão foi a União Soviética, retornando depois de longa ausência nas decisões do torneio, como se premeditasse uma despedida do selecionado no meio futebolístico. Classificava-se para a sua última Euro, para a última competição de uma velha Europa que não existiria mais quatro anos depois.
Para as decisões, além dos soviéticos, ganhavam classificação também a Alemanha O

A primeira chave transcorreria sem percalços para os dois maiores favoritos. Na estréia, em Düsseldorf, Alemanha Ocidental e Itália fizeram um confronto duro, em que os de casa saíram perdendo no início da etapa complementar, mas empataram três minutos depois, finalizando o 1-1. Depois, tanto os locais quanto a azzurra venceram seus jogos para avançar à etapa de semifinal: os alemães aplicaram duas vezes 2-0 nos dinamarqueses e espanhóis, os italianos fizeram 1-0 na Espanha e 2-0 na Dinamarca.
No Grupo 2 morou a real disputa, com a zebra aparecendo na primeira rodada. No dia 12 de junho, em Stu

Os resultados geraram previsões de uma espetacular rodada final: praticamente classificados, os soviéticos tinham três pontos (a vitória ainda valia dois), irlandeses idem, e a Holanda aparecia com dois. Os do Leste não teriam problemas contra uma Inglaterra desfeita em migalhas, mas os outros dois componentes do grupo definiriam a vaga num confronto direto valendo a sobrevivência. No dia 18, às 15:30, começava a terceira derrota em três jogos do English Team, que seria facilmente dominado com um 3-1. Também tinha início a dramática

A semifinal do dia 21 reservou um confronto com jeito da década anterior. Uma vez mais, Alemanha Ocidental e Holanda se confrontariam, cada uma com algumas das maiores estrelas do seu tempo – no lado laranja, havia o lendário trio do Milan, formado por Rijkaard, Van Basten e Gullit. Jamais existiu predominância de alguma parte, ainda que o time da casa criasse algumas chances a menos. Somente gols de pênalti mudaram o marcador no Volksparkstadion de Hamburgo, e havia sido um para cada lado: Matthäus para os locais aos 55 minutos, Ronald Koeman para a Holanda aos 74. A balança até então praticamente equilibrada pendeu totalmente para o lado visitante depois do empate. Mesmo assim, a vitória tardou, e começava a parecer impraticável no tempo normal. Aí Van Basten marcou. Aos quarenta e quatro do segundo tempo. 2-1 Holanda, vaga na final. O drama não se repetiu no dia seguinte, quando a União Soviética teve extrema facilidade para despachar a Itália com um 2-0 e forçar a repetição do encontro visto na primeira fase, valendo troféu – o último troféu do qual a Seleção da URSS se aproximaria.
A final da Euro fez por merecer as expectativas, levando ao Olympiastadion de Munique 72.308 espectadores no 25 de junho de 1988. Sobre o gramado, um jogo franco, de ataques m

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