O título do Bacabal

A formação do Bacabal, campeã no Maranhão, mas não do Maranhão

Somente uma derrota por cinco gols de diferença diante do lanterna do quadrangular final, o São José, tiraria o troféu quase garantido ao Bacabal, após o empate do concorrente Sampaio Corrêa na véspera. Uma derrota impossível. Porém, na segunda-feira – há uma eternidade, é verdade, mas nos passou batido – o jogo do provável campeão contra o último colocado roçou a surpresa.

Cinco gols era o que o São José precisava para acabar com a festa dos visitantes. Fez quatro. Acabou levando um, também, e sua goleada ficou num 4-1 distante da possibilidade de afastar as aspirações do Bacabal. Empatado em 10 pontos com o Sampaio, mas com um saldo final de 3 gols positivos contra 2, o quadro do interior concluiu uma campanha de superioridade, com lideranças desde a primeira fase.

Assim foi o título do Bacabal. Mas assim não foi o título estadual do Bacabal. Ao contrário do que afirmamos em tom de certeza sem a devida pesquisa – ou atenção, visto que o calendário maranhense vem se mantendo desde 2006 –, o quadrangular final vencido pelo time jamais foi válido pelo Campeonato Maranhense deste ano: o estadual de verdade só será jogado no segundo semestre! O Bacabal venceu, no fim das contas, a Taça Cidade de São Luís, um torneio oficial do Estado, mas menor em tradição, quiçá em importância, enganoso por contrariar a lógica e ser disputado no primeiro semestre.

O bicampeonato do Leão do Mearim na Taça Cidade (havia erguido ela pela primeira vez em 1991) foi alcançado sob o comando do treinador Dário Lourenço. Aquele mesmo que, em certo momento sensação do futebol carioca, cogitou treinar a Seleção Brasileira.