Definição para Anfield: o Liverpool manteve seu histórico de crescer em jogos europeus e, no duelo britânico dessas quartas-de-final, resistiu às investidas de um Arsenal que, embora tenha atacado mais, não conseguiu furar a estratégia de Rafa Benítez. No único momento em que pôde festejar um gol, aos 22 minutos, acabou tendo sua alegria desfeita pouco tempo depois: aos 25, Gerrard fez jogada fenomenal pela esquerda e cruzou para Kuyt empurrar de carrinho. Em 1-1, a definição ficou toda para Anfield, mas a eliminatória é menos agradável aos Gunners: um empate nulo será dos Reds, no próximo jogo. Há anos sem uma glória na Liga Inglesa, bem diferente do Arsenal, o L'pool mostra o quanto vale a tradição na Copa da Europa - que os de Londres não têm.
Bem-vindos ao inferno: o estádio Sukru Saracoglu está acostumado a se parecer com um caldeirão pulsante, seja num jogo de alta relevância, seja numa partida contra o lanterna da Liga Turca. Pois hoje era, provavelmente, o confronto mais relevante em décadas vivido pelo Fenerbahçe dentro de casa. Diante do temível Chelsea, o time de Zico sabia que tinha menos futebol. Em compensação, possuía clareza de que, ao seu lado mais de cinqüenta mil vozes uníssonas multiplicariam suas forças. O Chelsea jogou melhor a partida inteira, saiu vencendo, com gol contra do brasileiro Deivid, mas sucumbiu frente à pressão insuportável, de uma torcida que se mostrava capaz de vencer a partida. Um tento de Kazim, aos 65 minutos, e um golazo do redimido Deivid, aos 80, concluíram a inesperada remontada. Os ingleses, obrigados a vencer o confronto de volta, em casa, conheceram o seu inferno.
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