Era o dia. O Barcelona havia sido derrotado no sábado, concluindo sua quinta jornada consecutiva sem vitória, deixando o caminho do Real Madrid livre. Bastava que o Villarreal, jogando fora de casa, não superasse o Betis para um triunfo madridista valer o título espanhol de 2008.
Era o dia. No hay billetes, avisavam os luminosos sobre os pontos de venda de ingressos do Santiago Bernabéu. Oitenta mil pessoas veriam de perto a consagração do 31º título de Liga do Madrid. Um título, um prêmio a uma temporada em que o time de Bernd Schuster, apesar dos incontáveis tropeços, sobrou amplamente diante da concorrência.
O Athletic Bilbao não seria páreo. Era o dia. O dia de ser campeão. O Real Madrid entrou no gramado mirando a jugular dos bascos – e atacou. Com 13 minutos, bombardeou a meta adversária, até chegar às redes pelo tiro de um suplente: Saviola. Um reserva de luxo, sempre marcando gols quando a oportunidade surge, que não falhou na sua nova chance.
A bola do título anunciado. O gol para levar à Cibeles. Nos minutos que se seguiram, o Madrid passou a administrar o 1-0, e os de Bilbao tiveram seu turno de ofensivas. Vislumbrando o empate, cresceram até onde suas limitações técnicas permitiam. Mas por maiores que se tornassem, não conseguiriam superar um gigante. Sob o arco merengue, Iker Casillas acumulava paradas monumentais. Ao final da noite, San Iker contabilizaria 30 gols sofridos em 34 atuações, uma espetacular média de 0,88 tento por jogo, que o alça à liderança do Trofeo Zamora, o prêmio ao goleiro menos vazado na temporada.
Casillas pegou tudo. Havia sido assim nos momentos mais agonizantes da temporada, havia de ser assim nos minutos de aflição do jogo do título. Aos 35, quando o árbitro assinalou um pênalti inexistente de Heinze sobre Llorente, lá estava o camisa 1 para acabar com as esperanças dos visitantes. El mejor portero de Europa, afirmaram os narradores após seu salto no canto direito para espalmar em córner o tiro de Garmendia.
O perigo terminava ali. Ainda que o Athletic tenha tentado em mais algumas ocasiões, o Madrid já havia sido tomado pela idéia de que o jogo estava ganho – não um salto alto, longe disso, era uma questão de confiança. A celebração só fez crescer. No minuto 74, Robben, que entrara há pouco, desviou para o gol um centro de Higuaín. Dois minutos depois, foi o próprio Higuaín o responsável por dar ares de goleada ao jogo do título, aproveitando-se de um desastre na maracação basca para elevar os números a 3-0.
O Bernabéu, lotado das tribunas às gradas, dos anfiteatros aos camarotes, entoava o campeones, campeones, oé, oé. Os festejos não eram mais pela grande vitória, eram pelo título em confirmação. Raúl ergueria mais uma taça.
Mas ontem, apesar dos indícios em contrário, não foi o dia. Houve festa, houve ola, houve cânticos prenunciando o esperado, mas o domingo não terminou na Cibeles. O pensamento era esse, mas o jogo anterior já havia mostrado que a expectativa só se confirmaria na jornada seguinte: com um gol de Senna, do meio de campo, o Villarreal triunfara sobre o Betis.
O Real Madrid tem 10 pontos de vantagem para o Submarino Amarelo – é o campeão nacional. No entanto, a falta de quatro rodadas para o fim da Liga faz a teimosa matemática questionar.
Era o dia. No hay billetes, avisavam os luminosos sobre os pontos de venda de ingressos do Santiago Bernabéu. Oitenta mil pessoas veriam de perto a consagração do 31º título de Liga do Madrid. Um título, um prêmio a uma temporada em que o time de Bernd Schuster, apesar dos incontáveis tropeços, sobrou amplamente diante da concorrência.
O Athletic Bilbao não seria páreo. Era o dia. O dia de ser campeão. O Real Madrid entrou no gramado mirando a jugular dos bascos – e atacou. Com 13 minutos, bombardeou a meta adversária, até chegar às redes pelo tiro de um suplente: Saviola. Um reserva de luxo, sempre marcando gols quando a oportunidade surge, que não falhou na sua nova chance.
A bola do título anunciado. O gol para levar à Cibeles. Nos minutos que se seguiram, o Madrid passou a administrar o 1-0, e os de Bilbao tiveram seu turno de ofensivas. Vislumbrando o empate, cresceram até onde suas limitações técnicas permitiam. Mas por maiores que se tornassem, não conseguiriam superar um gigante. Sob o arco merengue, Iker Casillas acumulava paradas monumentais. Ao final da noite, San Iker contabilizaria 30 gols sofridos em 34 atuações, uma espetacular média de 0,88 tento por jogo, que o alça à liderança do Trofeo Zamora, o prêmio ao goleiro menos vazado na temporada.
Casillas pegou tudo. Havia sido assim nos momentos mais agonizantes da temporada, havia de ser assim nos minutos de aflição do jogo do título. Aos 35, quando o árbitro assinalou um pênalti inexistente de Heinze sobre Llorente, lá estava o camisa 1 para acabar com as esperanças dos visitantes. El mejor portero de Europa, afirmaram os narradores após seu salto no canto direito para espalmar em córner o tiro de Garmendia.
O perigo terminava ali. Ainda que o Athletic tenha tentado em mais algumas ocasiões, o Madrid já havia sido tomado pela idéia de que o jogo estava ganho – não um salto alto, longe disso, era uma questão de confiança. A celebração só fez crescer. No minuto 74, Robben, que entrara há pouco, desviou para o gol um centro de Higuaín. Dois minutos depois, foi o próprio Higuaín o responsável por dar ares de goleada ao jogo do título, aproveitando-se de um desastre na maracação basca para elevar os números a 3-0.
O Bernabéu, lotado das tribunas às gradas, dos anfiteatros aos camarotes, entoava o campeones, campeones, oé, oé. Os festejos não eram mais pela grande vitória, eram pelo título em confirmação. Raúl ergueria mais uma taça.
Mas ontem, apesar dos indícios em contrário, não foi o dia. Houve festa, houve ola, houve cânticos prenunciando o esperado, mas o domingo não terminou na Cibeles. O pensamento era esse, mas o jogo anterior já havia mostrado que a expectativa só se confirmaria na jornada seguinte: com um gol de Senna, do meio de campo, o Villarreal triunfara sobre o Betis.
O Real Madrid tem 10 pontos de vantagem para o Submarino Amarelo – é o campeão nacional. No entanto, a falta de quatro rodadas para o fim da Liga faz a teimosa matemática questionar.
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