Ontem, todas as dificuldades vividas na Liga Francesa durante a temporada foram esquecidas. O estádio estava lotado para mais um jogo. Não qualquer jogo: uma final. Não qualquer estádio: o Stade de France. O palco reservado às noites de Seleção ou de buscas por troféus. E só para isso. Um palco sagrado, para um dia de sonhos. No sábado, Lens e Paris Saint-Germain entraram no gramado do maior templo futebolístico da França para definir o título de vencedor da Copa da Liga desta temporada.
Aos dois times, a chance de serem campeões, à distância de noventa minutos. E não eram times para levantar taças. 2007/08 vem sendo duro com os dois clubes. Lens e PSG, respectivamente 17º e 18º colocados no campeonato, fora e dentro da zona de rebaixamento, estão muito mais acostumados a lutar para permanecer na elite do que para sonhar com títulos, com vagas européias. Na Liga, o que separa um do outro são apenas dois pontos. Um jogo, noventa minutos, pode alterar a situação das equipes e mudar a divisão delas para o próximo ano. Um jogo, noventa minutos. Era o que os dois times tinham ontem, para disputar algo bem maior que permanecer na elite. Uma taça, afinal. Eis a importância daquela partida.
E 79 mil espectadores estavam no estádio para assistir àquele espetáculo insólito, em que dois possíveis rebaixados se viam capazes de saírem campeões. O primeiro golpe foi desferido pelos parisienses, através de Pauleta, no minuto 19. O português, numa de suas últimas finais da carreira, não teria a chance de lembrar daquele tento como o do título. Mantido o 1-0 no intervalo, o empate viria com sete minutos da etapa complementar, pelos pés de Carrière. Depois, placar igualado, busca por mais gols. Pela taça.
E nada vinha. Fosse pelo campeonato, empatar uma partida seria um resultado desprezível para as duas equipes desesperadas. Na final da Copa da Liga, porém, era a segurança de meia hora extra para tentar algo mais. A proximidade do fim do jogo tornava essa perspectiva bastante interessante, diminuía os motivos para se correr riscos. Mas o que é o risco para alguém acostumado com as ameaças de rebaixamento? O tempo passava e, como louco, o PSG se jogava ao ataque. Nos acréscimos da etapa complementar, Luyindula foi derrubado na área adversária, num lance polêmico. Pênalti. A bola do título. Mendy, aos 90+3 minutos, bateu e confirmou o terceiro troféu parisiense na história da competição, somando-o aos de 1995 e 1998.
Poucos segundos após o tento, quando o árbitro deu o fim definitivo ao embate, o Paris Saint-Germain sorriu como poucas vezes nesta temporada. Haverá o duro reencontro com a Liga, com a zona de descenso. Haverá uma nova briga contra o próprio Lens, para fugir da queda. Mas, ontem, houve também as horas de tensão antes da final, os minutos em que a bola rolou, as tão longas e tão raras horas de festa após um título conquistado nesta terrível temporada - houve um elenco com campanha de vilão sendo convertido em herói, levantando uma Copa. Em meio ao caos, houve um dia de ilusão.
Um comentário:
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