sábado, 15 de março de 2008

Os testes de Roth

Na quinta-feira, diante do Caxias, em mais uma rodada da primeira fase do Gauchão, o treinador Celso Roth resolveu aproveitar a classificação antecipada de seu Grêmio para fazer testes. Às críticas, vinha a afirmação de que os riscos devem ser assumidos nos momentos tranqüilos, para evitar desastres quando os jogos forem realmente importantes. Por isso, escalaria o meia Roger no ataque, o lateral Andeson Pico no meio, e trataria de observar o andamento da equipe. Roth assumiu o risco. E fracassou redondamente.

Roger não se encontrava na frente da área caxiense, mal encontrava passes e, quando surgia uma oportunidade boa, ainda tinha o azar de ver a bola cair para a perna ruim. De atacante, passou, pouco a pouco, a voltar às suas origens, naturalmente indo ao meio de campo. As dificuldades do camisa 10, um dos termômetros da equipe, refletiram no resto do time, que se mostrou impotente à frente da meta visitante. Na etapa final, com Roger orientado a jogar no meio, ao lado de Julio dos Santos, as coisas melhoraram, as chances surgiram mais - ainda que tenham sido todas desperdiçadas.

Mas o desencontro do meia foi consideravelmente menor que o de Anderson Pico. O lateral, tachado de "peladeiro" por muitos torcedores, mostrou que, se não consegue ser unanimidade na posição de costume, talvez o seja jogando improvisado: sem discordâncias, gremistas pedem que essa experiência nunca mais se repita. Pico foi tão mal no meio que o próprio Celso Roth, autor da invenção, não conseguiu agüentar aquilo por muito tempo, sacando o jogador no intervalo.

Outro problema que se nota no tricolor é a falta de atacantes reservas. O time estava se acertando bem com a dupla ofensiva formada por Perea e Soares, mas bastou este último se lesionar para voltarem os pesadelos. A própria improvisação de Roger no esquema acabou se devendo a isso, uma vez que os substitutos Reinaldo e Tadeu têm demonstrado pouco mais que esforço.

Do time gremista como um todo, ficou a impressão de que bastou encontrar a primeira defesa mais bem organizada pela frente para este ataque, que a bem da verdade só teve Perea, pifar. Foi nítida a incapacidade da equipe em conseguir fazer lançamentos e cruzamentos renderem frutos, e as jogadas pelo meio eram prioritárias, numa estúpida alternativa diante de um oponente que fazia tudo para congestionar o gramado. Os testes, as deficiências, o bem-armado esquema do adversário, acabaram por deixar o placar em 0-0. Não agradou os torcedores, mas a hora de fazer observações, para o bem ou para o mal, é agora.

2 comentários:

Rafael Zito disse...

Fala Maurício Blz??

Cara sou de SP e nao tenho tantas informações sobre o gremio. Pelo q tava sabendo o Roger vinha jogando bem na meia... Aki no Corinthians e no FLA qndo ele jogava nessa posição os times ficavam mto expostos na defesa, por isso, q os tecnicos o utilizavam no ataque.

Já q ele vem atuando no meio-campo e bem... a defesa do gremio tah sendo bem protegida msm assim?

Um abraço cara e aguardo sua visita no meu blog

www.esportejornalismo.blogspot.com

Maurício Brum disse...

Bom, por enquanto, o Grêmio não está tendo maiores problemas defensivos. Em 14 jogos na temporada, sofreu apenas 7 gols, e até o Pereira (ex-Santos, criticadíssimo pela torcida gremista) vem sendo destaque na zaga.

Mas o Grêmio ainda está à espera de um confronto contra um adversário de ataque respeitável. "Esta" observação, sobre possíveis deficiências defensivas, só vai render uma conclusão mais tarde.