quinta-feira, 20 de março de 2008

Merecido

Desde o início, esteve óbvio que a Chapecoense esperava, apenas, garantir que o confronto de Copa do Brasil frente ao Internacional tivesse volta, no Beira-Rio. Desde o início, em cada jogada menos corajosa do limitado time catarinense, via-se que seus sonhos realmente não poderiam ir além daquilo. O Inter fez um dos seus piores jogos na temporada, e nem assim a Chapecoense conseguiu mostrar alguma superioridade, mesmo que fosse por alguns minutos. Era difícil? Apenas relativamente: Inter-SM, Juventude e São Luiz foram capazes disso no Gauchão.

Mas a Chapecoense não. Ela morria e se enterrava em seu sonho de fazer a partida de volta no Rio Grande do Sul. Durante algum tempo, com certa dignidade, teve grandeza para isso. No entanto, durante a etapa final, especialmente após a expulsão de Marcelo Guerreiro, aos 70 minutos, o time da casa foi se apequenando. Três minutos depois do cartão vermelho, Alex botou o 0-1 colorado no placar, de cabeça. Sem reação, os de Chapecó passavam a vergonhosa imagem de que aceitavam a derrota. Estavam conformados de sua fraqueza.

A dignidade acabou ali. A partir do momento em que viu suas redes serem balançadas, a Chapecoense passou a se portar como um time sem a tradição de um interiorano que conheceu a glória estadual por três vezes. Em pleno Índio Condá, a equipe verde perdia o jogo e matava tempo! "Oh, vamos jogar no Beira-Rio", deviam pensar seus jogadores, enquanto prendiam a bola e faziam cera com o placar adverso. Pois não jogarão no Beira-Rio! Da forma mais dolorosa possível para aqueles que já aceitavam a derrota e acreditavam que ela poderia ser proveitosa, a equipe de Santa Catarina levou um desesperador gol no último minuto e caiu. Não haverá confronto de volta. O Inter está nas oitavas-de-final da Copa.

Um merecido castigo àqueles que não tiveram espírito.

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