Eu seria um hipócrita se dissesse que sou contra os carrinhos no futebol. Não sou. Um carrinho bem dado, além de ser um recurso defensivo arrojado, capaz de roubar a bola num lance rápido, também serve como opção desesperada para alcançar bolas perdidas à beira de sair pelas linhas laterais ou de fundo. Em jogos disputados, ao estilo de Libertadores ou de Segundona Gaúcha, uma entrada calculada ainda impõe o respeito necessário sobre os adversários que ousem questionar e menosprezar a solidez da equipe.Mas há carrinhos e carrinhos. A entrada útil, até limpa, pode facilmente se tornar um dos lances mais condenáveis do futebol dependendo da forma como é aplicada ou, principalmente, do grau de demência de quem o utiliza. O que Martin Taylor (fotos) fez sobre Eduardo da Silva no jogo entre Arsenal e Birmingham foi um crime. Havia mais de uma forma de se dividir a jogada por baixo: entrando com a perna em curva ou combatendo à frente do atleta dos Gunners, mas sempre visando a bola. Taylor jamais a quis.
Obviamente, o defensor do Birmingham também não imaginou destroçar a
Foi desleal, irresponsável. Colocou sua imagem - se fazer temido pelos companheiros a qualquer custo - acima, inclusive, dos interesses da sua equipe - vencer a jogada de forma limpa e dominar a posse de bola. Se nenhum tribunal o afastar dos gramados, o próprio Birmingham já teria motivos de sobra para fazê-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário