Ficha do jogo:
Campeonato Gaúcho 2007
24/01/2007
19 de Outubro, Ijuí
São Luiz 3-2 Esportivo
Gols: 7' Caio (E); 20' Zé Alcino (E); 25' Rafael Betini (S); 32' Evandro Brito (S); 78' Itaqui (S)
24/01/2007
19 de Outubro, Ijuí
São Luiz 3-2 Esportivo
Gols: 7' Caio (E); 20' Zé Alcino (E); 25' Rafael Betini (S); 32' Evandro Brito (S); 78' Itaqui (S)
Num período de transição entre temporadas, em que damos um olhar mais próximo aos clubes do interior, nada melhor do que fazer voltar a série Remontada com uma ocorrida entre essas equipes. Pode não ser a mais importante, nem a mais gloriosa, mas foi uma remontada que vivi - e ao São Luiz, o "jogo perdido" que, no fim, mudou seu destino.
Foi há um ano, num janeiro como este - que, como agora, abria a curta temporada de três meses dos interioranos. Era a primeira rodada do Gauchão 2007, e o bom público no 19 de Outubro estava aflito: o clube havia sofrido demais no ano anterior, fazendo a pior campanha da competição e só se salvando do rebaixamento graças à fórmula, que previa uma fase extra para definir quem caía. Sem dinheiro, como sempre, não havia grande esperança de que a equipe fosse capaz de uma campanha muito melhor do que aquela, mas evitar o rebaixamento, novamente, seria um "título".
Estrear contra o Esportivo, porém, só agravava as incertezas dos ijuienses. Em 2006, no último jogo dentro de casa daquele ano - a última memória, portanto -, o São Luiz havia sido submetido a um baile vergonhoso e às vaias gerais, levando 0-3 ao natural, com jogadores completamente desinteressados em campo. O jogo tornava "inevitável" o rebaixamento que, incrivelmente, não se consumaria. Fracassar de novo, contudo, seria a volta dos pesadelos. Naquele 24 de janeiro, os visitantes pareciam capazes de repetir o feito do ano anterior. Em pouco tempo, foram para cima, amarraram o São Luiz e passaram a mandar no jogo.
Vinte minutos apenas e a contagem já estava em 0-2 para o Esportivo - gols de Caio e Zé Alcino, dois ex-gremistas. Nas sociais, a desconfiança era evidente: "não há dúvida, será como no ano passado". Para muitos, o jogo estava perdido. Mas era outro ano, outro time. Se na temporada anterior o baile havia sido creditado às farras e ao desinteresse dos jogadores, naquela estréia ninguém poderia reclamar de falta de empenho. O São Luiz levava 0-2, mas lutava.
E, lutando, começou a remontar. O desastre que se desenhara em vinte minutos virou esperança em apenas sete. Rafael Betini e Evandro Brito, em inteligentes estocadas, igualaram a contagem, marcando aos 25 e 32 minutos. O time de Ijuí passou a dominar. A virada, esta parecia questão de tempo, não fosse por um novo adversário: as quedas de energia elétrica. No segundo tempo, quando a equipe ia para cima, duas quedas parciais consecutivas deixaram o embate paralizado por quase meia hora. Ao contrário dos temores, no entanto, o ímpeto não esfriou.
Determinado, o rubro ijuiense manteve a superioridade que se mostrava desde o empate. Com 78 minutos, alcançou a virada pelos pés de Itaqui. Depois, Chiquinho ainda erraria o pênalti da tranqüilidade são-luizense. Tranqüilidade que não poderia haver num jogo tão lutado. Tranqüilidade que não existiria no resto da temporada: a exemplo do ano anterior, o São Luiz evotaria o rebaixamento no último suspiro, graças ao saldo de gols. Que diferença fez remontar aquele jogo perdido.
Estrear contra o Esportivo, porém, só agravava as incertezas dos ijuienses. Em 2006, no último jogo dentro de casa daquele ano - a última memória, portanto -, o São Luiz havia sido submetido a um baile vergonhoso e às vaias gerais, levando 0-3 ao natural, com jogadores completamente desinteressados em campo. O jogo tornava "inevitável" o rebaixamento que, incrivelmente, não se consumaria. Fracassar de novo, contudo, seria a volta dos pesadelos. Naquele 24 de janeiro, os visitantes pareciam capazes de repetir o feito do ano anterior. Em pouco tempo, foram para cima, amarraram o São Luiz e passaram a mandar no jogo.
Vinte minutos apenas e a contagem já estava em 0-2 para o Esportivo - gols de Caio e Zé Alcino, dois ex-gremistas. Nas sociais, a desconfiança era evidente: "não há dúvida, será como no ano passado". Para muitos, o jogo estava perdido. Mas era outro ano, outro time. Se na temporada anterior o baile havia sido creditado às farras e ao desinteresse dos jogadores, naquela estréia ninguém poderia reclamar de falta de empenho. O São Luiz levava 0-2, mas lutava.
E, lutando, começou a remontar. O desastre que se desenhara em vinte minutos virou esperança em apenas sete. Rafael Betini e Evandro Brito, em inteligentes estocadas, igualaram a contagem, marcando aos 25 e 32 minutos. O time de Ijuí passou a dominar. A virada, esta parecia questão de tempo, não fosse por um novo adversário: as quedas de energia elétrica. No segundo tempo, quando a equipe ia para cima, duas quedas parciais consecutivas deixaram o embate paralizado por quase meia hora. Ao contrário dos temores, no entanto, o ímpeto não esfriou.
Determinado, o rubro ijuiense manteve a superioridade que se mostrava desde o empate. Com 78 minutos, alcançou a virada pelos pés de Itaqui. Depois, Chiquinho ainda erraria o pênalti da tranqüilidade são-luizense. Tranqüilidade que não poderia haver num jogo tão lutado. Tranqüilidade que não existiria no resto da temporada: a exemplo do ano anterior, o São Luiz evotaria o rebaixamento no último suspiro, graças ao saldo de gols. Que diferença fez remontar aquele jogo perdido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário