BARCELONA - Se o monumental Camp Nou e seus 98 mil lugares impressionam e são referência, outro estádio, bem menor e menos lembrado, merece destaque pela incomparável beleza. Estamos falando do estádio Olímpico de Montjuïc, uma das sedes dos Jogos Olímpicos de 1992 e o campo atual do clube menos badalado de Barcelona: o honrado Espanyol, que manda seus jogos ali desde a temporada 1997/98, quando teve que abandonar o Sarriá, seu antigo estádio, de tão triste memória para os brasileiros.
Sem a imponência encontrada no Santiago Bernabéu, em Madrid, e no estádio do Barça, o relativamente pequeno campo de Montjuïc é várias vezes relegado ao esquecimento, tendo desprezada a brilhante arquitetura projetada por Pere Domènech (filho de Lluís Domènech, grande nome do movimento modernista na Catalunha). Com fachadas que chegam a lembrar um palácio em certos pontos, o estádio foi erguido em 1929 por ocasião da Exposição Universal de Barcelona e serviu de palco para diversos eventos culturais e esportivos - incluindo a célebre final catalã da Copa do Rei de 1957, opondo Espanyol e Barcelona -, até um período de abandono durante os anos 1970.
Seu retorno, a exemplo da revitalização ocorrida na cidade, veio em 1992, sendo remodelado e recebendo todo o Complexo Olímpico em seu entorno. Belíssimo e com capacidade para acolher 55 mil espectadores, ele passou a se chamar, em 2001, Estádio Olímpico Lluís Companys, homenageando o governante catalão fuzilado durante o regime de Francisco Franco, em 1940.
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