Jamais perdendo uma chance de demonstrar o orgulho por sua terra e seus interesses por autonomia, bascos e catalães são os históricos exemplos de separatismo dentro da Espanha. No sábado, a chance de vibrar com um futebol independente.
Foi no quase lotado estádio de San Mamés, em Bilbao, que se enfrentaram as orgulhosas mas nem tão qualificadas seleções do País Basco e da Catalunha. Um jogo apenas festivo, como tantos do final de ano, mas repleto de significados, diferentemente da maioria que ocorre por esta época. Mais do que uma mostra de amor pelas regiões, era uma reivindicação: se o separatismo já não parece fazer sentido numa Espanha livre, que as comunidades ao menos conquistem o direito de formar seleções oficiais independentes.
Talvez querendo se mostrar dignas de ter uma equipe "nacional", Euskadi e Catalunya se confrontaram com seriedade e vontade de mostrar serviço. O entusiasmo, por vezes extrapolado, acabou vitimando o goleiro catalão Jorquera, num lance de azar: querendo interceptar um cruzamento a qualquer custo e repor a bola em jogo rapidamente no minuto 14, acabou lesionando o joelho com gravidade, podendo ficar de fora do restante da temporada. O lance manchou a festa, mas não foi capaz de diminuir a vontade das equipes. No decorrer da partida, viu-se um futebol vistoso, franco, disposto a buscar o gol sempre.
No fim das contas, empate por 1-1. Bojan marcou para os catalães aos 29 minutos, enquanto Aduriz igualou para os bascos, aos 69. A exemplo do placar, o desejo de que estas seleções deixem de fazer jogos festivos para entrarem no circuito oficial do futebol é igual para as duas comunidades.
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