quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A final de sempre

A exemplo do Boca Juniors, o Milan também fez uma atuação das suas menos inspiradas. Hoje, em Yokohama, o time italiano tardou a confirmar sua óbvia classificação para a natural final entre europeus e sul-americanos.

Pouco criativo, sem ser a esperada máquina que trucidaria os japoneses, o Milan não conseguia tirar o 0-0 do placar de jeito nenhum. Reconhecidamente o melhor time do torneio, o quadro de Carlo Ancelotti foi engolido por seu próprio marasmo criativo. Burocraticamente.

O Urawa percebeu que o bicho não era tão feio e, especialmente a partir do segundo tempo, começou a fazer várias investidas, tentando um histórico triunfo. Na melhor delas, conseguiu um cruzamento à área rossonera, que foi afastado de cabeça pela zaga do Milan, quase entrando em gol contra. A animada torcida da casa, que pela primeira vez lotou um estádio neste mundial, parou seus cânticos por um momento, desalentada ao ver que aquela bola não foi às redes. Era daquelas chances únicas para se mudar uma partida.

Ousou, sim, o time japonês, diferentemente dos tunisianos ontem. Faltou qualidade para conseguir abrir a contagem. Aos 68 minutos, depois de uma série de três boas chances desperdiçadas em seqüência pelos diamantes vermelhos, o Milan avançou com Kaká, superou uma zaga então desarrumada e chegou ao seu tento, finalmente, pelos pés de Seedorf.

1-0 e foi só. Sem ser covarde como o Étoile, o Urawa realmente teve uma eliminação valorosa. Perdeu por ser inferior a um Milan que, embora precise mostrar um jogo melhor, foi capaz de confirmar a óbvia, boa e velha final entre os dois maiores continentes do futebol. Final como sempre foi, como sempre deveria ser.

Um comentário:

Anônimo disse...

Porque como sempre deveria ser? Futebol se ganha em campo e nada deve ser para sempre a mesma coisa. Que os asiáticos e africanos também possam ganhar mundiais futuramente! Muitos europeus também pensam o mesmo (que não somos capazes) a respeito de nós, mas temos 25 títulos mundiais contra 22 ou 23 deles. Em seleções temos 9 e eles 9, mas a África já levou medalhas olímpicas de futebol com Camarões e Nigéria.