Outra vez, o Étoile du Sahel ameaçou fazer estrago. Contra o poderoso Boca Juniors, os tunisianos conseguiram emparelhar o jogo de ontem. Faltou, contudo, ousadia para "algo mais".
Também faltou combinar com o Boca, que não é um Pachuca. E não sendo um Pachuca, tendo tradição e experiência para lidar com momentos de dificuldade nas múltiplas Copas que disputa, o Boca deu a volta por cima, mesmo fazendo uma apresentação pobre. Não foi o time da Libertadores, não havia Riquelme e talvez até faltasse a mesma motivação de disputar as batalhas sul-americanas, mas continuava sendo o Rey de Copas. E do outro lado, havia apenas um Étoile que se contentaria com derrota honrosa.
O jogo, bastante igual - fato evidenciado na posse de bola, que ficou 47% do tempo com os "inferiores" tunisianos -, acabou tendo o fator de desequilíbrio aos 37 minutos, quando Neri Cardozo assinalou 0-1 para os argentinos. Estava ali o resultado óbvio, uma vitória dos mais poderosos - por um placar magro, que ajudava os africanos a saírem de cabeça erguida, apesar da desilusão. O pensamento de "derrota honrosa", embora tenha sido posto em dúvida com o choro de alguns eliminados após o apito final, ficou claro enquanto a bola rolou.
Aos 65 minutos, quando havia tempo para virar e revirar o placar do confronto, Fabian Vargas foi expulso, deixando os boquenses em inferioridade numérica. Bom para o Étoile atacar nos minutos finais com ímpeto. Mas ímpeto já não havia. Sem o saudável desespero que devia acompanhar um time que vê suas possibilidades de ir à final renovadas, o campeão africano caminhou serenamente rumo à sua sonhada eliminação sem vexame.
Conseguiu. 1-0 para o Boca que pouco fez. Poderia haver um final diferente, mas foi um merecido desfecho àqueles que, por medo de uma goleada, não ousaram.
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