A briga pelo Grêmio para ir à Libertadores ficou seriamente ameaçada com a derrota para o Figueirense no último final de semana. Para sonhar com a América, o time, que dificilmente obtém pontos fora de casa, terá que começar a se reabilitar contra ninguém menos que o São Paulo, no Morumbi.
Os gremistas, mesmo abatidos, não perdem a esperança. Alguns chegam a tecer sonhos não apenas de ir à Libertadores, como de fazer isso rebaixando o Corinthians para a segunda divisão, na última rodada. Sonham com um 2 de dezembro histórico...
Por Lucas von Mühlen Baroni Silveira
"Blog do João Alguém
3 de dezembro de 2007
Foi ontem, um domingo, na cidade de Porto Alegre.
O duelo estava marcado para as 16h no estádio Olímpico Monumental, entre duas grandes equipes do cenário nacional: Grêmio e Corinthians.
O time que veste branco é dono da 2ª maior torcida do país, uma nação impressionante e com predominância considerável no estado de São Paulo.
Já o tricolor dos pampas é dono de uma considerável 6ª maior torcida no país, sendo o líder da "tropa resto do Brasil", ou seja, figura nessa lista logo abaixo de 5 times do eixo Rio-SP. A supremacia do Grêmio no RS é notória, bem como em toda a Região Sul do país.
O jogo prometia. Era a última rodada do Campeonato Nacional, por pontos corridos, mas nenhum dos dois estava a passeio. O Timão contrariava sua bela história de conquistas e lutava para não ser rebaixado, já o Tricolor Gaúcho precisava de uma vitória para garantir vaga na Libertadores 2008, competição que o tem como atual Vice-Campeão.
Com o campeão homologado já há um certo tempo, esse jogo, que não valia título, era o que mais chamava a atenção da mídia. A imprensa do centro do país, apesar de ter a obrigação de tentar ser imparcial perante o Brasil inteiro, não conseguia esconder sua torcida para que o Timão conseguisse a vitória salvadora. Mas e a Libertadores do Grêmio? Foda-se. A Rede Globo, Band e cia. até agradeceriam a não classificação do Grêmio: Flamengo e Palmeiras cresciam em suas chances.
Toda a imprensa de peso do país estava no Estádio Olímpico. Galvão Bueno emocionado nas cabines, Falcão dizendo para todo o país o que o Corinthians deveria fazer para vencer os urug, digo, os gaúchos. Milton Neves atrás do gol orando, Neto falando para o árbitro antes do jogo que o Grêmio é um time violento e Paulo Schmidt, do STJD, analisando pessoalmente as possiveis irregularidades do Olímpico.
Público total no Olímpico: 53.847. São 2.653 corinthianos e um mar azul, preto e branco. Um mar revolto. Um mar pulsante.
A bola rola, o jogo é duro. Depois de muita emoção e disputa, adivinhem: Grêmio vitorioso. A nação tricolor enlouquece, comemora mais do que os próprios são paulinos comemoraram seu título. Alías, muito são paulino comemorou mais o rebaixamento corinthiano do que seu próprio título também.
Parecia difícil, mas os tropeços adversários e a imortalidade tricolor levaram o Grêmio a mais uma Libertadores da América. Por outro lado, Milton Neves chora, Galvão Bueno fala em tom de velório: "olha a bonita festa da torcida do Grêmio", Arnaldo César Coelho reclama de um pênalti não marcado em Finazzi (que de fato não foi), Vampeta chora e não quer falar aos repórteres, e o Timão vai disputar a Segundona 2008.
Os corinthianos não acreditam no que vêem. O pior não é só o rebaixamento, o inacreditável é ver aquela festa incrível dos gremistas. Será que eles são surdos? Será que eles nunca ouviram a famosa estrofe do hino que diz: "Salve o Corinthians"? Porra, a letra diz SALVE, e o que o Grêmio faz? Enterra o Corinthians. Não sei se o Grêmio é surdo, mas no mínimo é teimoso.
Os colorados ficam felizes, primeiro pela queda do Coringão, e segundo porque têm convicção que o Grêmio não vai longe na Libertadores 2008. De quebra, a ausência do Tricolor facilitou seus caminhos rumo ao Bi da Copa do Brasil. Eles afirmam categoricamente: "o Grêmio não vai longe nessa Libertadores, vai ser até engraçado."
Eles disseram que o Grêmio ia amargar mais um ano na série B após o árbitro marcar mais um pênalti contra o Grêmio no até então 0 x 0 contra o Náutico em 2005. Quando o juíz expulsou 4 jogadores do Grêmio antes da cobrança da penalidade, a "certeza" virou convicção. Quando o Galatto pegou o pênalti e o Grêmio, com 4 a menos, fez 1 x 0 nos Aflitos com os pés de Anderson, a convicção virou perplexidade.
Quando Inter e Grêmio foram se encontrar na final do Gauchão 2006, ano em que o Colorado sagraria-se Campeão da América e Mundial, e o Grêmio recém voltava para a Série A e tentava se reestruturar enquanto time, os colorados tinham dúvidas se o time B deles era melhor ou não que o time A do Tricolor. Eles tinham dúvidas se iam meter 4, 5, 6x0 ou mais. Só que, com o time A deles em campo, o Grêmio faturou.
Mas aí eles afirmaram que foi sorte, e com aquele time só iríamos brigar para não cair de novo. Pois chegamos à Libertadores. Eles disseram que na Libertadores não passaríamos da primeira fase, ou, no máximo, oitavas. Fomos Vice-Campeões.
Agora eles festejam o rebaixamento de seu desafeto Corinthians, e sentem-se seguros de que o Grêmio não vai fazer nada na Libertadores.
Eles (colorados, mídia, corneteiros, etc), podem dizer o que quiserem. Ontem pela tarde, descobri que o Grêmio é surdo."
Os gremistas, mesmo abatidos, não perdem a esperança. Alguns chegam a tecer sonhos não apenas de ir à Libertadores, como de fazer isso rebaixando o Corinthians para a segunda divisão, na última rodada. Sonham com um 2 de dezembro histórico...
O Grêmio é surdo
Por Lucas von Mühlen Baroni Silveira
"Blog do João Alguém
3 de dezembro de 2007
Foi ontem, um domingo, na cidade de Porto Alegre.
O duelo estava marcado para as 16h no estádio Olímpico Monumental, entre duas grandes equipes do cenário nacional: Grêmio e Corinthians.
O time que veste branco é dono da 2ª maior torcida do país, uma nação impressionante e com predominância considerável no estado de São Paulo.
Já o tricolor dos pampas é dono de uma considerável 6ª maior torcida no país, sendo o líder da "tropa resto do Brasil", ou seja, figura nessa lista logo abaixo de 5 times do eixo Rio-SP. A supremacia do Grêmio no RS é notória, bem como em toda a Região Sul do país.
O jogo prometia. Era a última rodada do Campeonato Nacional, por pontos corridos, mas nenhum dos dois estava a passeio. O Timão contrariava sua bela história de conquistas e lutava para não ser rebaixado, já o Tricolor Gaúcho precisava de uma vitória para garantir vaga na Libertadores 2008, competição que o tem como atual Vice-Campeão.
Com o campeão homologado já há um certo tempo, esse jogo, que não valia título, era o que mais chamava a atenção da mídia. A imprensa do centro do país, apesar de ter a obrigação de tentar ser imparcial perante o Brasil inteiro, não conseguia esconder sua torcida para que o Timão conseguisse a vitória salvadora. Mas e a Libertadores do Grêmio? Foda-se. A Rede Globo, Band e cia. até agradeceriam a não classificação do Grêmio: Flamengo e Palmeiras cresciam em suas chances.
Toda a imprensa de peso do país estava no Estádio Olímpico. Galvão Bueno emocionado nas cabines, Falcão dizendo para todo o país o que o Corinthians deveria fazer para vencer os urug, digo, os gaúchos. Milton Neves atrás do gol orando, Neto falando para o árbitro antes do jogo que o Grêmio é um time violento e Paulo Schmidt, do STJD, analisando pessoalmente as possiveis irregularidades do Olímpico.
Público total no Olímpico: 53.847. São 2.653 corinthianos e um mar azul, preto e branco. Um mar revolto. Um mar pulsante.
A bola rola, o jogo é duro. Depois de muita emoção e disputa, adivinhem: Grêmio vitorioso. A nação tricolor enlouquece, comemora mais do que os próprios são paulinos comemoraram seu título. Alías, muito são paulino comemorou mais o rebaixamento corinthiano do que seu próprio título também.
Parecia difícil, mas os tropeços adversários e a imortalidade tricolor levaram o Grêmio a mais uma Libertadores da América. Por outro lado, Milton Neves chora, Galvão Bueno fala em tom de velório: "olha a bonita festa da torcida do Grêmio", Arnaldo César Coelho reclama de um pênalti não marcado em Finazzi (que de fato não foi), Vampeta chora e não quer falar aos repórteres, e o Timão vai disputar a Segundona 2008.
Os corinthianos não acreditam no que vêem. O pior não é só o rebaixamento, o inacreditável é ver aquela festa incrível dos gremistas. Será que eles são surdos? Será que eles nunca ouviram a famosa estrofe do hino que diz: "Salve o Corinthians"? Porra, a letra diz SALVE, e o que o Grêmio faz? Enterra o Corinthians. Não sei se o Grêmio é surdo, mas no mínimo é teimoso.
Os colorados ficam felizes, primeiro pela queda do Coringão, e segundo porque têm convicção que o Grêmio não vai longe na Libertadores 2008. De quebra, a ausência do Tricolor facilitou seus caminhos rumo ao Bi da Copa do Brasil. Eles afirmam categoricamente: "o Grêmio não vai longe nessa Libertadores, vai ser até engraçado."
Eles disseram que o Grêmio ia amargar mais um ano na série B após o árbitro marcar mais um pênalti contra o Grêmio no até então 0 x 0 contra o Náutico em 2005. Quando o juíz expulsou 4 jogadores do Grêmio antes da cobrança da penalidade, a "certeza" virou convicção. Quando o Galatto pegou o pênalti e o Grêmio, com 4 a menos, fez 1 x 0 nos Aflitos com os pés de Anderson, a convicção virou perplexidade.
Quando Inter e Grêmio foram se encontrar na final do Gauchão 2006, ano em que o Colorado sagraria-se Campeão da América e Mundial, e o Grêmio recém voltava para a Série A e tentava se reestruturar enquanto time, os colorados tinham dúvidas se o time B deles era melhor ou não que o time A do Tricolor. Eles tinham dúvidas se iam meter 4, 5, 6x0 ou mais. Só que, com o time A deles em campo, o Grêmio faturou.
Mas aí eles afirmaram que foi sorte, e com aquele time só iríamos brigar para não cair de novo. Pois chegamos à Libertadores. Eles disseram que na Libertadores não passaríamos da primeira fase, ou, no máximo, oitavas. Fomos Vice-Campeões.
Agora eles festejam o rebaixamento de seu desafeto Corinthians, e sentem-se seguros de que o Grêmio não vai fazer nada na Libertadores.
Eles (colorados, mídia, corneteiros, etc), podem dizer o que quiserem. Ontem pela tarde, descobri que o Grêmio é surdo."
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