Ao Coritiba, que enfrentava o rebaixado Santa Cruz, até uma derrota garantiria o título da Série B 2007. Para isso, bastava que, em Jundiaí, o Ipatinga não vencesse o desesperado Paulista. Os mineiros, por sua vez, precisavam somar três pontos fora de casa, e torcer por um improvável empate do Coxa. Assim começava outra incrível jornada decisiva da segunda divisão.
Parecia um trabalho fácil. Vencer o Santa Cruz de ressaca, com suas esperanças destroçadas há uma rodada, não deveria causar maiores sustos à equipe que, convencionou-se dizer, era a mais forte da segunda divisão. O Coritiba, que nunca escondeu sua aspiração de levantar a taça, teria apenas que superar adversários que jogavam pela sua honra. Em descrédito no cada vez mais mercenário mundo do futebol, a tal honra foi revigorada pelos jogadores de Recife, que fizeram um jogo digno.
No primeiro tempo, com muito sofrimento, o Coxa conseguiu confirmar seu amplo favoritismo, voltando aos vestiários vencendo por 0-1. No estado de São Paulo, o desespero do Paulista também tratava de favorecer o clube paranaense: o Ipatinga não saía de um empate por 2-2. Mas, passado o quarto de hora que dividiu as duas partes da partida, tudo mudou. De resultados previsíveis, a rodada final da Série B passou a trazer uma inesperada e sensacional disputa que, para esta temporada, já se julgava inviável.
Em Recife, pela honra e só por ela, o Santa Cruz foi para cima. Aos 58 minutos, Nildo empatou o jogo para o tricolor pernambucano. A igualdade mudava o destino do troféu, que até então rumava ao Couto Pereira. Sim, porque em Jundiaí o Ipatinga passaria a acumular gols, rebaixando o Paulista e construindo um placar que viraria massacre por 2-5. De lá, a ajuda do Coritiba não viria. Não bastasse o resultado desastroso no confronto paralelo, o alviverde complicava sua própria vida. Aos 80 minutos, levaria a virada, com gol de Max, passando a perder por 2-1. Jeci e Túlio, expulsos, tornavam ainda mais dramático o trabalho outrora fácil, reduzindo o número de guerreiros alviverdes em campo.
Se antes da rodada começar, perder o título parecia impossível para o Coritiba, naquele momento, a dez minutos do fim, conquistá-lo é que contrariava a lógica. Só que a Série B é famosa por seus desfechos inacreditáveis, e não é uma guerra por mero acaso. Enquanto o Ipatinga tinha seu jogo encerrado e começava a festejar o título afobadamente, o Coxa ainda tinha tempo para tentar alcançar o sonho. Com 87 minutos, veio o empate - ainda insuficiente para acabar com a festa mineira, mas já capaz de recolocar a equipe na disputa. O crescimento foi tal que, aos 90+2 minutos de jogo, o Coritiba atacou em peso. Num lance em que a defesa do Santa Cruz foi engolida, uma bola rebatida dentro da área acabou tendo um desvio fatal de Henrique Dias. O placar, a segundos do apito final, ia a 2-3, e o título voltava a ser paranaense.
O Coritiba acabou campeão. Conseguiu tornar heróica uma conquista previsível. Mesmo contra um time rebaixado, os minutos de aflição e delírio que a torcida viveu valeram para compensar todas as frustrações das temporadas recentes. E a Série B, bom, esta provou que sempre dá um jeito de emocionar - mesmo quando todos os ascendidos são conhecidos com rodadas de antecedência. Que jamais se duvide da mística da segundona, capaz de destruir e consagrar no espaço de alguns segundos. Capaz de superar a primeira divisão em emoção, ano a ano.
Parecia um trabalho fácil. Vencer o Santa Cruz de ressaca, com suas esperanças destroçadas há uma rodada, não deveria causar maiores sustos à equipe que, convencionou-se dizer, era a mais forte da segunda divisão. O Coritiba, que nunca escondeu sua aspiração de levantar a taça, teria apenas que superar adversários que jogavam pela sua honra. Em descrédito no cada vez mais mercenário mundo do futebol, a tal honra foi revigorada pelos jogadores de Recife, que fizeram um jogo digno.
No primeiro tempo, com muito sofrimento, o Coxa conseguiu confirmar seu amplo favoritismo, voltando aos vestiários vencendo por 0-1. No estado de São Paulo, o desespero do Paulista também tratava de favorecer o clube paranaense: o Ipatinga não saía de um empate por 2-2. Mas, passado o quarto de hora que dividiu as duas partes da partida, tudo mudou. De resultados previsíveis, a rodada final da Série B passou a trazer uma inesperada e sensacional disputa que, para esta temporada, já se julgava inviável.
Em Recife, pela honra e só por ela, o Santa Cruz foi para cima. Aos 58 minutos, Nildo empatou o jogo para o tricolor pernambucano. A igualdade mudava o destino do troféu, que até então rumava ao Couto Pereira. Sim, porque em Jundiaí o Ipatinga passaria a acumular gols, rebaixando o Paulista e construindo um placar que viraria massacre por 2-5. De lá, a ajuda do Coritiba não viria. Não bastasse o resultado desastroso no confronto paralelo, o alviverde complicava sua própria vida. Aos 80 minutos, levaria a virada, com gol de Max, passando a perder por 2-1. Jeci e Túlio, expulsos, tornavam ainda mais dramático o trabalho outrora fácil, reduzindo o número de guerreiros alviverdes em campo.
Se antes da rodada começar, perder o título parecia impossível para o Coritiba, naquele momento, a dez minutos do fim, conquistá-lo é que contrariava a lógica. Só que a Série B é famosa por seus desfechos inacreditáveis, e não é uma guerra por mero acaso. Enquanto o Ipatinga tinha seu jogo encerrado e começava a festejar o título afobadamente, o Coxa ainda tinha tempo para tentar alcançar o sonho. Com 87 minutos, veio o empate - ainda insuficiente para acabar com a festa mineira, mas já capaz de recolocar a equipe na disputa. O crescimento foi tal que, aos 90+2 minutos de jogo, o Coritiba atacou em peso. Num lance em que a defesa do Santa Cruz foi engolida, uma bola rebatida dentro da área acabou tendo um desvio fatal de Henrique Dias. O placar, a segundos do apito final, ia a 2-3, e o título voltava a ser paranaense.
O Coritiba acabou campeão. Conseguiu tornar heróica uma conquista previsível. Mesmo contra um time rebaixado, os minutos de aflição e delírio que a torcida viveu valeram para compensar todas as frustrações das temporadas recentes. E a Série B, bom, esta provou que sempre dá um jeito de emocionar - mesmo quando todos os ascendidos são conhecidos com rodadas de antecedência. Que jamais se duvide da mística da segundona, capaz de destruir e consagrar no espaço de alguns segundos. Capaz de superar a primeira divisão em emoção, ano a ano.
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