Se as tardes de futebol têm tido um gosto amargo para a torcida do Juventude, assombrada pelo fantasma do rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro depois de mais uma década na elite do futebol nacional, cabe lembrar que houve dias melhores.
Eram tempos diferentes, os anos 1990. Firmando uma lucrativa parceria com a gigante Parmalat, o clube caxiense se deu ao luxo de sonhar. Trazer jogadores era mais fácil, e tudo começou a se tornar próspero. Em 1994, veio o acesso à primeira divisão nacional - de onde o clube não mais sairia -; em 1998, o primeiro título estadual, conquistado espetacularmente e de forma invicta.
O estádio Alfredo Jaconi era pequeno para tanta alegria, mas o melhor ainda estaria por vir. Em 1999, aquele time provou ser capaz de levar o interior gaúcho a títulos jamais sonhados antes, fazendo uma campanha gloriosa na Copa do Brasil, que incluiu triunfos na agonia dos pênaltis, goleadas, remontadas, e culminou com a forma mais saborosa de se erguer um troféu - jogando pelo regulamento, segurando um empate fora de casa:
Os tempos mudaram. O Juventude se manteve na Série A, mas não conseguiu mais ficar entre os primeiros nas temporadas seguintes. Vieram decepções no Campeonato Gaúcho. Foram os tempos em que trazer bons nomes era fácil. O estádio, este nem lota mais, há alguns anos. Terá o Juventude cansado do sonho? A falta de entusiasmo dos torcedores parece dizer, com tristeza, que sim - e aí, é um caminho sem volta.
Um comentário:
perfeito com essa torcida racista, tem mais é que sofrer.
Postar um comentário