segunda-feira, 10 de setembro de 2007

A fria de Carlos Eduardo

Carlos Eduardo, na apresentação do site oficial de seu novo clube

Carlos Eduardo, revelação do Grêmio, foi parar no medíocre Hoffenheim, da segunda divisão alemã. O blog já falava que sua escolha era muito mais pelo aspecto financeiro do que pelas chances de crescer na carreira. Do jeito que as coisas andam, porém, até mesmo as expectativas de trocar o ordenado em reais por euros durante muitas temporadas pode acabar furando para Cadu, já que sua equipe vive situação das piores, e o futuro pode se revelar incerto.

O bolso falou mais alto, mas o jogador gaúcho também comprou o peixe que os alemães venderam, afirmando que o Hoffenheim vivia um processo de estruturação e, em breve, estaria na Bundesliga. Ocupando a 17ª colocação entre 18 times após as quatro primeiras rodadas, vê-se que o clube pintou um quadro falso. Mesmo que ocorra uma ascensão com o passar das jornadas, a tarefa da equipe será naturalmente difícil: bater clubes mais tradicionais e fortes, como 1860 München, Mainz, Alemannia Aachen, Köln, Borussia Mönchengladbach, Freiburg e Kaiserslautern - para ficar apenas nos maiores.

"Nem tudo o que reluz é ouro", diria o ditado. Carlos Eduardo tinha futebol para alcançar os mesmos euros em um clube maior e mais visível. Afobado, deixou-se seduzir pela primeira proposta brilhante que seus olhos viram e, agora, pode acabar na terceira divisão germânica. Foi à Europa garimpar ouro, talvez retorne ao Brasil mendigando alguns cobres.

Um comentário:

Victor Hugo Antinossi disse...

Caso do Carlos Eduardo é semelhante ao de Dudu Cearense. Quando brilhava um excelente volante do futebol brasileiro, o jogador aceitou sair do país para jogar em um péssimo time. Está aí: o jogador sumiu!

Outro caso é do atacante Afonso. Com todas as dificuldades, brilhou em dois clubes suecos e um holandês.

Se foi mal pela Seleção, pouco importa. Afonso teve seus méritos de chegar aonde chegou!

Quem sabe o Carlos Eduardo não faz o caminho de Afonso?