segunda-feira, 9 de julho de 2007

Não é questão de sorte, é questão de categoria

O melhor atacante que joga no Brasil, Dodô, teve seu doping confirmado nesta manhã, quando sua contra-prova, assim como o primeiro exame, deu positivo para fepromporex, substância proibida que inibe o apetite, no jogo Botafogo 4 x 0 Vasco, no qual fez 2 gols.

Mas esse não é o assunto abordado por esta coluna, o que quero dizer é que me entristeço com algumas pessoas (comentaristas de rádio e TV) que dizem que Dodô só faz gols bonitos porque procura o gol bonito, muitas vezes, prejudicando a objetividade do seu time. É lógico que não! Dodô tem nos pés a magia que Picasso tinha nas mãos, tem a maior das virtudes que um artista, como é Dodô e como era Picasso, pode ter: categoria. Tudo que é feito por pessoas que têm categoria, é bem feito, é bonito, é lindo, é fantástico. É ENCANTADOR!

Aliás, tanto é verdade que Dodô não compromete a objetividade de suas equipes que ele é o batedor oficial de pênaltis do Botafogo, e pênalti geralmente é gol comum (apesar da categoria de Dodô até nas cobranças de penalidades).

Dodô é hoje o único jogador do campeonato brasileiro que em várias partidas se pode dizer: "Anota um aí pra ele, que com certeza, ele marca". Dodô não tromba, consegue fugir ao adversário antes da trombada, tem um arremate perfeito, cabeceio espetacular e categoria inigualável. Por isso, torço para que Dodô seja absolvido deste absurdo que é esta acusação. Deveria ser revista essa lei e essa lista de substâncias proibidas, e se estipular uma quantidade aceitável para cada substância. Afinal, o que um pouco de inibidor de apetite pode fazer a um jogador? No caso do Dodô, não fez nada, ele continuou comendo a bola com todo o apetite do mundo.

Nenhum comentário: