A temporada 2007/2008 do Campeonato Espanhol só começa no dia 26 de agosto, mas as transferências já vêm se acumulando entre as 20 equipes. A exemplo do que o Futebesteirol fez com o Campeonato Argentino, trazemos agora um panorama resumido do que cada clube prepara para as disputas que vêm por aí:
Almería: Acabou de subir para a primeira divisão e vem fazendo contratações um tanto acovardadas. Seguindo o princípio retranqueiro (vida longa ao glorioso esquema 9-1-0), o time até agora buscou reforços ao estilo "o melhor ataque é a defesa". Nomes destacados que chegaram? Dois goleiros: Cobeño, do Sevilla, e Diego, do Atlético Mineiro (Brasil), que brigarão pela titularidade.
Athletic Bilbao: O orgulho de contratar somente jogadores bascos ainda acabará rebaixando o Athletic, que vem se superando em campanhas fracas nos últimos anos. Para a próxima temporada, vieram David López (Osasuna), Aitor Ocio (Sevilla) e Cuellar (Gimnàstic Tarragona). Mas não importa quem vier, ninguém conseguirá apagar o vazio da perda do histórico Ismael Urzaiz, que após 11 temporadas, deixou o clube para defender o holandês Ajax.
Atlético de Madrid: Foram perdidos nomes importantes, mas vieram outros tantos para tentar suprir as ausências. Fernando Torres, ídolo de uma geração sem títulos, se foi, para o Liverpool inglês - junto com ele, nomes como Gabi, Galletti e Petrov também debandaram. Mas as contratações não deixaram a desejar: entre alguns nomes menos destacados, vieram Forlán - que já mostrou valor, na Intertoto -, Simão Sabrosa, Luis García, e o traidor Reyes, que depois de ajudar o Real Madrid a conquistar sua 30ª liga, chegou fazendo juras de amor ao Atleti. Até o santista Cléber Santana conseguiu uma vaguinha no show de contratações colchonero.
Barcelona: O adeus a figuras como Giuly, Saviola e Gio van Bronckhorst ficou em segundo plano diante da mais sensacional contratação ibérica para a próxima temporada: Thierry Henry. Chegando com a promessa de fazer os troféus voltarem ao Camp Nou, o craque francês apequenou as vindas de outros bons jogadores, como Abidal e Yaya Touré. Gabriel Milito também foi para o Barça.
Betis: O Betis fez absolutamente tudo errado na temporada passada, mas por alguma força misteriosa da natureza, conseguiu evitar o rebaixamento. Para tentar mudar o quadro, o clube começou sua tentativa de montar um time sólido por um goleiro: Ricardo, do Sporting de Lisboa e da Seleção Portuguesa. Babic, do Bayer Leverkusen, é o primeiro nome para reforçar o meio.
Deportivo La Coruña: Um furacão andou passando por lá e destruindo o time. Foram embora Arizmendi, Capdevila, Jorge Andrade, Duscher, Estoyanoff... até o momento, quem veio de realmente útil foi a revelação mexicana Guardado - muito pouco, se o time quer voltar a brilhar como há alguns anos.
Espanyol: As transferências mais importantes foram com o Osasuna, de onde veio Valdo e para onde foi Pandiani. As outras transações envolveram mortos.
Getafe: Alexis, Javier Paredes e Verpakovskis debandaram. Em compensação, vieram nomes interessantes, como o goleiro Ustari, do Independiente argentino, Daniel Díaz, do Boca Juniors, Kepa, do West Ham inglês e Franck Signorino, do Nantes, time rebaixado à segunda divisão da França. O time promete ficar mais um ano em classificação confortável na Liga Espanhola, roubando alguns pontos dos grandes.
Huelva: O que você espera do Huelva? Saíram jogadores desconhecidos, que foram repostos por outros de quem quase ninguém ouviu falar. Só a saída de López Vallejo, que fez boa temporada, é de notória lamentação. Também há a vinda de Sorrentino, goleiro italiano revelado pela Juventus, mas que andava escondido no futebol grego. Não há prognóstico que se faça sobre a ignorância.
Levante: Veio o interminável Sávio, que tentará prolongar por alguns anos sua já decadente trajetória espanhola. Para acompanhar o brasileiro na "seleção sub-40", chegou Shota Arveladze, do AZ Alkmaar, com 34 anos nas costas. Olivier Kapo e Diego Camacho foram os mais importantes nomes que deram adeus.
Mallorca: Para a Itália, dois nomes importantes do time foram perdidos. Diego Tristán foi para o Livorno e Bosko Jankovic mandou-se para o Palermo. De contratações, além do notável "ninguém", há o atacante Dani Güiza, vindo do Getafe.
Murcia: Outro clube que acabou de sair da segunda divisão, o Murcia vem trazendo reforços interessantes. Veio o goleiro Fabian Carini, da Internazionale de Milão, e seu companheiro da Seleção Uruguaia, Pablo García. Também chegaram Mejía, do Real Madrid, Regueiro, do Valencia, e Arzo, um dos ilustres vindos de Huelva. Ao menos no papel, o time deve cumprir sua missão de se estabelecer na primeira divisão.
Osasuna: Raúl García, Javier Cuellar e David López saíram. Mas em seus lugares, vieram os bons Walter Pandiani, do Espanyol, e Hugo Viana, do Valencia. Também chegou Javier Portillo, atacante revelado pelo Real Madrid, tido como promessa, mas que já chega aos 25 anos sem ter se afirmado em lugar algum. Em tese, o time está ganhando mais do que perdendo, com as transferências.
Racing Santander: De importante? Saiu Lionel Scaloni, pra Lazio italiana e veio Duscher, do Deportivo La Coruña. E vamos pro próximo time.
Real Madrid: O atual campeão vem ainda num período de pleno vapor com suas transferências, e o quadro deve mudar muito. Para alegria merengue, saíram múmias como Raúl Bravo, Pavón, Mejía e Helguera. Mas nem tudo são flores, e Roberto Carlos, David Beckham e Reyes, nomes importantes da última campanha vencedora, também se foram - o último, aliás, sofrerá constantes vaias após ter virado a casaca e partido para o Atlético de Madrid. A grande sensação para 2007/2008 são as contratações: já vieram Metzelder, Pepe, o goleiro Jerzy Dudek e Saviola; no banco também há novidades, com o comando passando para o treinador Bernd Schuster. Mas melhor ainda pode estar por vir: no Santiago Bernabéu, só se fala na vinda de Kaká, ainda não confirmada.
Sevilla: Reforçando-se para brigar na UEFA Champions League, depois de glórias inéditas nas temporadas passadas, o time de Andaluzia promete vir forte outra vez. Chegaram De Sanctis (da Udinese, Itália), Tom de Mul (Ajax, Holanda), Keïta (Lens, França) e Boulahrouz (Chelsea, Inglaterra). Saíram Makukula, Cobeño e Aitor Ocio.
Valencia: Chegou o grande goleiro Timo Hildebrand, do Stuttgart, que, ao que tudo indica, brigará com o legendário Cañizares por um lugar no time titular durante o ano inteiro. Também chegaram Arizmendi e, estranhamente, o fraco Ivan Helguera. Entre outras perdas, destacam-se as saídas de Ayala e Hugo Viana.
Valladolid: Como bom time que acabou de subir, o Pucelo vem tentando trazer reforços para sobreviver à temporada sem ser rebaixado. Já chegaram Butelle, do Valencia, Estoyanoff, do Deportivo, e Diego Camacho, do Levante. Surpreendeu aos redatores do blog os rumores da bizarra contratação - ainda não confirmada - do "craque" Wellington, atualmente no Corinthians, para reforçar a lateral-esquerda do time. Se for verdade, vai ser difícil atingir o objetivo de se manter na elite nacional.
Villarreal: Em quantidade, um dos times que mais se destacou nas contratações. Em qualidade, nem tanto... vieram Diego López (goleiro reserva do Real Madrid), Capdevila (Deportivo), Cazorla (outro renomado de Huelva), Mavuba (Bordeaux, França) e Giuseppe Rossi (Parma, Itália). No momento, perdas de peças importantíssimas à equipe, como Forlán e Arruabarrena, parecem ser muito mais significativas do que os nomes que estão por estrear.
Zaragoza: Bem reforçada, a equipe quer brigar por algo grande na próxima Liga. Nomes de destaque como Gabi (Atlético de Madrid), Ricardo Oliveira (Milan, Itália) e Ayala (Valencia), vieram - acompanhados por outros, que mesmo sob menos luz dos holofotes, podem se converter em apostas interessantes, como Javier Paredes (Getafe), Matuzalém (brasileiro do ucraniano Shakhtar Donets'k, que enfim abandonará o esquecido leste europeu), Pavón (renegado do Real Madrid) e López Vallejo (do Huelva). Contudo, houve perdas grandes, com as saídas de Gabriel Milito e Ewerthon.
Almería: Acabou de subir para a primeira divisão e vem fazendo contratações um tanto acovardadas. Seguindo o princípio retranqueiro (vida longa ao glorioso esquema 9-1-0), o time até agora buscou reforços ao estilo "o melhor ataque é a defesa". Nomes destacados que chegaram? Dois goleiros: Cobeño, do Sevilla, e Diego, do Atlético Mineiro (Brasil), que brigarão pela titularidade.
Athletic Bilbao: O orgulho de contratar somente jogadores bascos ainda acabará rebaixando o Athletic, que vem se superando em campanhas fracas nos últimos anos. Para a próxima temporada, vieram David López (Osasuna), Aitor Ocio (Sevilla) e Cuellar (Gimnàstic Tarragona). Mas não importa quem vier, ninguém conseguirá apagar o vazio da perda do histórico Ismael Urzaiz, que após 11 temporadas, deixou o clube para defender o holandês Ajax.
Atlético de Madrid: Foram perdidos nomes importantes, mas vieram outros tantos para tentar suprir as ausências. Fernando Torres, ídolo de uma geração sem títulos, se foi, para o Liverpool inglês - junto com ele, nomes como Gabi, Galletti e Petrov também debandaram. Mas as contratações não deixaram a desejar: entre alguns nomes menos destacados, vieram Forlán - que já mostrou valor, na Intertoto -, Simão Sabrosa, Luis García, e o traidor Reyes, que depois de ajudar o Real Madrid a conquistar sua 30ª liga, chegou fazendo juras de amor ao Atleti. Até o santista Cléber Santana conseguiu uma vaguinha no show de contratações colchonero.
Barcelona: O adeus a figuras como Giuly, Saviola e Gio van Bronckhorst ficou em segundo plano diante da mais sensacional contratação ibérica para a próxima temporada: Thierry Henry. Chegando com a promessa de fazer os troféus voltarem ao Camp Nou, o craque francês apequenou as vindas de outros bons jogadores, como Abidal e Yaya Touré. Gabriel Milito também foi para o Barça.
Betis: O Betis fez absolutamente tudo errado na temporada passada, mas por alguma força misteriosa da natureza, conseguiu evitar o rebaixamento. Para tentar mudar o quadro, o clube começou sua tentativa de montar um time sólido por um goleiro: Ricardo, do Sporting de Lisboa e da Seleção Portuguesa. Babic, do Bayer Leverkusen, é o primeiro nome para reforçar o meio.
Deportivo La Coruña: Um furacão andou passando por lá e destruindo o time. Foram embora Arizmendi, Capdevila, Jorge Andrade, Duscher, Estoyanoff... até o momento, quem veio de realmente útil foi a revelação mexicana Guardado - muito pouco, se o time quer voltar a brilhar como há alguns anos.
Espanyol: As transferências mais importantes foram com o Osasuna, de onde veio Valdo e para onde foi Pandiani. As outras transações envolveram mortos.
Getafe: Alexis, Javier Paredes e Verpakovskis debandaram. Em compensação, vieram nomes interessantes, como o goleiro Ustari, do Independiente argentino, Daniel Díaz, do Boca Juniors, Kepa, do West Ham inglês e Franck Signorino, do Nantes, time rebaixado à segunda divisão da França. O time promete ficar mais um ano em classificação confortável na Liga Espanhola, roubando alguns pontos dos grandes.
Huelva: O que você espera do Huelva? Saíram jogadores desconhecidos, que foram repostos por outros de quem quase ninguém ouviu falar. Só a saída de López Vallejo, que fez boa temporada, é de notória lamentação. Também há a vinda de Sorrentino, goleiro italiano revelado pela Juventus, mas que andava escondido no futebol grego. Não há prognóstico que se faça sobre a ignorância.
Levante: Veio o interminável Sávio, que tentará prolongar por alguns anos sua já decadente trajetória espanhola. Para acompanhar o brasileiro na "seleção sub-40", chegou Shota Arveladze, do AZ Alkmaar, com 34 anos nas costas. Olivier Kapo e Diego Camacho foram os mais importantes nomes que deram adeus.
Mallorca: Para a Itália, dois nomes importantes do time foram perdidos. Diego Tristán foi para o Livorno e Bosko Jankovic mandou-se para o Palermo. De contratações, além do notável "ninguém", há o atacante Dani Güiza, vindo do Getafe.
Murcia: Outro clube que acabou de sair da segunda divisão, o Murcia vem trazendo reforços interessantes. Veio o goleiro Fabian Carini, da Internazionale de Milão, e seu companheiro da Seleção Uruguaia, Pablo García. Também chegaram Mejía, do Real Madrid, Regueiro, do Valencia, e Arzo, um dos ilustres vindos de Huelva. Ao menos no papel, o time deve cumprir sua missão de se estabelecer na primeira divisão.
Osasuna: Raúl García, Javier Cuellar e David López saíram. Mas em seus lugares, vieram os bons Walter Pandiani, do Espanyol, e Hugo Viana, do Valencia. Também chegou Javier Portillo, atacante revelado pelo Real Madrid, tido como promessa, mas que já chega aos 25 anos sem ter se afirmado em lugar algum. Em tese, o time está ganhando mais do que perdendo, com as transferências.
Racing Santander: De importante? Saiu Lionel Scaloni, pra Lazio italiana e veio Duscher, do Deportivo La Coruña. E vamos pro próximo time.
Real Madrid: O atual campeão vem ainda num período de pleno vapor com suas transferências, e o quadro deve mudar muito. Para alegria merengue, saíram múmias como Raúl Bravo, Pavón, Mejía e Helguera. Mas nem tudo são flores, e Roberto Carlos, David Beckham e Reyes, nomes importantes da última campanha vencedora, também se foram - o último, aliás, sofrerá constantes vaias após ter virado a casaca e partido para o Atlético de Madrid. A grande sensação para 2007/2008 são as contratações: já vieram Metzelder, Pepe, o goleiro Jerzy Dudek e Saviola; no banco também há novidades, com o comando passando para o treinador Bernd Schuster. Mas melhor ainda pode estar por vir: no Santiago Bernabéu, só se fala na vinda de Kaká, ainda não confirmada.
Sevilla: Reforçando-se para brigar na UEFA Champions League, depois de glórias inéditas nas temporadas passadas, o time de Andaluzia promete vir forte outra vez. Chegaram De Sanctis (da Udinese, Itália), Tom de Mul (Ajax, Holanda), Keïta (Lens, França) e Boulahrouz (Chelsea, Inglaterra). Saíram Makukula, Cobeño e Aitor Ocio.
Valencia: Chegou o grande goleiro Timo Hildebrand, do Stuttgart, que, ao que tudo indica, brigará com o legendário Cañizares por um lugar no time titular durante o ano inteiro. Também chegaram Arizmendi e, estranhamente, o fraco Ivan Helguera. Entre outras perdas, destacam-se as saídas de Ayala e Hugo Viana.
Valladolid: Como bom time que acabou de subir, o Pucelo vem tentando trazer reforços para sobreviver à temporada sem ser rebaixado. Já chegaram Butelle, do Valencia, Estoyanoff, do Deportivo, e Diego Camacho, do Levante. Surpreendeu aos redatores do blog os rumores da bizarra contratação - ainda não confirmada - do "craque" Wellington, atualmente no Corinthians, para reforçar a lateral-esquerda do time. Se for verdade, vai ser difícil atingir o objetivo de se manter na elite nacional.
Villarreal: Em quantidade, um dos times que mais se destacou nas contratações. Em qualidade, nem tanto... vieram Diego López (goleiro reserva do Real Madrid), Capdevila (Deportivo), Cazorla (outro renomado de Huelva), Mavuba (Bordeaux, França) e Giuseppe Rossi (Parma, Itália). No momento, perdas de peças importantíssimas à equipe, como Forlán e Arruabarrena, parecem ser muito mais significativas do que os nomes que estão por estrear.
Zaragoza: Bem reforçada, a equipe quer brigar por algo grande na próxima Liga. Nomes de destaque como Gabi (Atlético de Madrid), Ricardo Oliveira (Milan, Itália) e Ayala (Valencia), vieram - acompanhados por outros, que mesmo sob menos luz dos holofotes, podem se converter em apostas interessantes, como Javier Paredes (Getafe), Matuzalém (brasileiro do ucraniano Shakhtar Donets'k, que enfim abandonará o esquecido leste europeu), Pavón (renegado do Real Madrid) e López Vallejo (do Huelva). Contudo, houve perdas grandes, com as saídas de Gabriel Milito e Ewerthon.
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Apesar de haver chances de aparecerem alguns pequenos brincalhões, atrapalhando o caminho dos clubes que realmente brigam por algo na Liga, a competição não deverá destoar muito da lógica dos últimos anos. Real Madrid, Barcelona e Sevilla brigando no topo, com chances de aproximação do Valencia e brigas um pouco mais distantes envolvendo Atlético de Madrid e Zaragoza. O Almería pagará por não saber se reforçar, e é o maior candidato a saco-de-pancadas no atual momento.
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