A final da Copa do Brasil pende, ainda que levemente, para os lados da catarinense Florianópolis. Ontem, no Maracanã, um jogo marcado pela igualdade coroou a segura atuação do Figueirense, que arrancou um empate.
Cerca de 65 mil torcedores compareceram ao estádio com a esperança cega de ver o Fluminense, time da casa, atropelar o Figueirense e assegurar uma confortável vantagem para quebarar o jejum de 23 anos sem títulos nacionais. Em campo, contudo, o entusiasmo da torcida não se refletiu em superioridade carioca.
Pelo contrário, o jogo não só era igual, como a festa anunciada pelos tricolores quase transformou-se em tragédia, quando, aos 83 minutos de partida, Henrique acertou um chutaço indefensável pelo goleiro do Flu, pondo o 0-1 favorável ao time catarinense.
Calou-se o Maracanã. De uma hora para a outra, a esperança e a alegria que contagiavam os tricolores transformou-se em velório. Quando a bola estufou as redes da meta verde, vermelha e branca, os piores momentos das outras duas finais de Copa perdidas pelo Flu foram revividas em flash, por todos os seus torcedores.
Os aficionados já deixavam o estádio, quando a salvação veio. 88 minutos já eram assinalados na cronometragem e Adriano Magrão conseguiu furar o bloqueio catarinense, deixando tudo em 1-1. Gol de alívio, mas que foi muito pouco para levar os tricolores ao clímax com que sonhavam antes do jogo.
Ficou tudo para a partida de volta, no estádio Orlando Scarpelli de Florianópolis. E a vantagem obtida pelo Figueira, embora pareça pequena, é idêntica à que o conterrâneo Criciúma obteve em 1991. Naquele ano, após empatar por 1 gol em Porto Alegre, diante do Grêmio, os catarinenses só precisavam deixar o placar em branco na partida de volta e levantar a taça. Na época, como hoje, o consenso geral apontava que o Grêmio (hoje, o Flu) não teria tantas dificuldades para vencer longe de casa. O final, todos sabemos: 0-0. E o troféu não saiu de Santa Catarina.
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