quinta-feira, 10 de maio de 2007

Grêmio farrapo

Não era Bariloche, aquela célebre cidade Argentina, mas tinha frio e avalanche. Não era uma montanha de gelo, nem uma estação de esqui, mas tinha frio e avalanche. Não era a fúria da natureza – que transforma a neve em avalanche -, mas sim a “fúria” da torcida do Grêmio, que, mesmo numa noite frígida de Porto Alegre, compareceu em massa no estádio olímpico, formando uma verdadeira avalanche de pressão ao São Paulo.E pobre dos São-paulinos, mal sabiam eles da força do Grêmio no Olímpico. Mal sabiam eles que o Grêmio jogava com 12 jogadores.

Não foi uma vitória para satisfazer a crítica, mas sim um triunfo para convencer os gremistas – aqueles que colocam a raça por sobre a técnica. Foi uma vitória com o perfil do Grêmio. Muitos vão dizer que não foi uma conquista Maiúscula, que o Grêmio não jogou bonito, deu balão na bola, não triangulou, etc. Mas o Grêmio não quer que digam isso dele, o Grêmio quer que falem que ele é grosso, feio e ríspido.

Quando as vitórias acontecem deste modo, suadas/transpiradas/pelejadas, é sinal de bons tempos para os gremistas. Quer dizer que os jogadores incorporaram o espírito necessário para jogar no tricolor dos pampas. Se precisar dar chutão para o ataque, matar a jogada no meio-de-campo, o Grêmio faz. E faz sem medo de parecer feio, pois o Grêmio sabe que as aparências enganam.

O Grêmio é isso: a figura de um gaúcho farrapo da época da revolução farroupilha. E que as façanhas do Grêmio, como diz o belo hino do Rio Grande do Sul, sirvam de modelo a toda a terra.

Depois de hoje, o Grêmio é um grande favorito ao título da libertadores. Não duvidem disso. Não duvidem do Grêmio.

Grêmio 2 x 0. Incontestável. Merecido. Com a cara do Grêmio.

Parabéns gremistas

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