Foi disputada hoje o jogo de ida do primeiro confronto que apontará um dos finalistas do principal torneio do velho mundo. Na Inglaterra, quem levou a vantagem foi a equipe da casa:
Partida disputada no Old Trafford, de Manchester, entre dois velhos campeões da Europa. Outro grande clássico que a UEFA Champions League nos traz nesta temporada. Jogo de muitas oportunidades, eletrizante do primeiro ao último minuto e onde o time inglês conquistou uma vantagem agonizante, mas importante, para tentar chegar à decisão. O placar, bem como as emoções da partida, teve sua primeira modificação logo no início da partida: aos cinco minutos de jogo, uma bola cruzada na área proporcionou um lance confuso, em que o desvio dos jogadores do Manchester para o fundo das redes italianas proporcionou a vantagem aos ingleses - o lance, contudo, foi confuso, com desvios e rebatidas, de modo que o gol chegou a ser atribuído a Heinze e depois a Dida (contra) antes de ser confirmado seu legítimo autor, o português Cristiano Ronaldo. Com a vantagem obtida logo cedo, o Manchester United queria aumentar seu conforto no placar, partindo incisivamente nos minutos seguintes, e criando boas chances de fazer o 2-0. Entretanto, as chances foram desperdiçadas, e o preço por isso seria pago a seguir. Aos 22 minutos, Seedorf lança Kaká em velocidade na área inglesa - o brasileiro, com grande qualidade, vence a marcação e toca cruzado e rasteiro, no canto do goleiro Van der Sar, que não pôde esboçar defesa. A contagem do placar de Old Trafford agora atracava em 1-1. O gol, vindo numa hora em que o Manchester estava bem na partida, desestabilizou os ingleses, que encontraram problemas para recobrar o ritmo anterior de jogo. Aproveitando-se disso, a equipe "rossonera" de Milão seguiu em suas estocadas. Aos 37 minutos, o Milan obteve seu prêmio, num tento de rara beleza de Kaká (seu segundo gol no jogo). O brasileiro, com rápidos dribles, desconcertou os marcadores Heinze e Evra, chegando livre à boca do gol inglês, onde fuzilou Van der Sar para virar o placar, em 1-2. Kaká, então, brilhava soberano e absoluto na partida, tendo feito os dois gols de sua equipe e atuando luxuosamente. No segundo tempo, porém, o jogo que começava a ficar simpático aos italianos, mudou novamente seus ventos, soprando favoravelmente aos ingleses. Em pouco tempo, o United já criava as melhores chances e o Milan, tendo perdido dois de seus principais jogadores em substituições por lesão (Maldini e Gattuso), parecia impotente diante do ímpeto inglês, sedento por alcançar um escore favorável. Aos 59 minutos, a insistência da equipe de Manchester deu resultados: Rooney, aproveitando-se de uma assistência de Paul Scholes, estufou as redes de Dida, pondo o jogo em igualdade novamente, por 2-2. Entusiasmado pela iminente reação, o time inglês cresceu cada vez mais no confronto, enquanto o Milan, gradativamente, reduzia seu volume de jogo, atraindo perigosamente os ingleses ao seu campo. Mesmo assim, as chances que o Manchester vislumbrava não tinham resultados, saindo sempre à linha de fundo ou salvas por Dida. O empate conformador parecia certo, mas a luta inglesa não cessou. Finalmente, aos 90+1 minutos de jogo - nos acréscimos, portanto - o Milan cometeu uma fatal falha defensiva perante o rápido avanço inglês. Wayne Rooney não perdoou o descuido e, escapando livre, fez 3-2 para o time da casa. Não havia tempo para mais, e os ingleses conquistavam uma suada, porém importante, vantagem, que os permite sonhar fortemente com a passagem à finalíssima. No lado italiano, cabe o consolo de precisar apenas de uma vitória simples no jogo de volta, em Milão. Quem levará a melhor? Saberemos no dia 2 de maio.
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