me apresentar, sou Guilherme Bauer e entrei na equipe do blog para falar sobre jogadores que podem desequilibrar nas partidas e sobre grandes craques de várias equipes. E para começar minhas postagens vou falar de um grande craque que está até no hino de sua equipe.
Eurico Lara
Posição: Goleiro
Data de Nascimento: 24/02/1898
Data de Falecimento: 06/11/1935
Equipes: Grêmio (1920-1935)
Títulos: Campeão da Cidade de Porto Alegre: 1920, 1921, 1922, 1923, 1925, 1926, 1930, 1931, 1932, 1933 e 1935
Campeão Gaúcho: 1921, 1922, 1926, 1931 e 1932
História
Nascido em 1898, começou a jogar futebol no time do exército de Uruguaiana. Dizia-se, na época, que na cidade fronteiriça existia um arqueiro que, quando jogava, o time não perdia. Não demorou muito para que as informações sobre o atleta chegassem aos ouvidos dos dirigentes gremistas, os quais imediatamente deslocaram olheiros para a região. Sem demonstrar interesse em atuar como jogador de futebol em Porto Alegre, Eurico Lara acabou sendo transferido de sua terra natal para uma corporação da capital graças a pessoas influentes dentro do Grêmio. Chegando a tenente do Exército, Lara acompanhou as forças revolucionárias que, em 1930, escreveram uma página importante para a história do país. Sem abandonar a farda, chegou ao Grêmio em 1920 culminando com a conquista do Campeonato da Cidade de Porto Alegre. Dois anos depois, além de defender a seleção do Exército que venceu o campeonato entre as classes armadas, começou a construir sua reputação como goleiro no centro do país, depois de defender, com destaque, a esquadra gaúcha no Torneio Preparatório visando a escolha da seleção brasileira que disputaria o Sul-Americano. Lara fechou o gol em uma partida realizada no estádio Parque Antártica entre gaúchos e paulistas. Os donos da casa venceram por 4 a 2 mas, no final, o goleiro do sul foi ovacionado por uma multidão que invadiu o gramado para cumprimentá-lo. Afinal, não era qualquer um que conseguia defender mais de 20 chutes desferidos pelo atacante Friendereich, o maior nome do futebol brasileiro naquela época. Apesar de tudo, e para surpresa de todos, o gremista não foi chamado para a seleção. Em setembro de 1935, já doente do coração e com ordem dos médicos para não mais atuar, Lara decidiu entrar em campo para a decisão do Campeonato Farroupilha onde o Grêmio precisava vencer o Internacional para levar o troféu. Foi uma de suas maiores atuações com a camisa do Grêmio perante uma torcida maravilhada e sabedora do esforço realizado pelo atleta para poder participar da partida. Vitória do Grêmio por 2 a 0 e, como de costume, Eurico Lara carregado nos braços do povo. Esse mesmo povo que lotava as dependências do Estádio da Baixada saiu às ruas, no dia 6 de novembro, dois meses depois do Gre-Nal Farroupilha, para chorar a perda de um dos maiores desportistas do país. O enterro de Lara parou Porto Alegre e o atleta entrou para sempre na história do Grêmio e no coração de quem teve o prazer de vê-lo atuar. Para eternizar o ídolo, uma estrofe do hino composto por Lupicínio Rodrigues homenageia o goleiro:
" Lara o craque imortal
Soube o teu nome elevar
Hoje com o mesmo ideal
Nós saberemos te honrar."
segunda-feira, 26 de março de 2007
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