segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Craques da América Latina - 3

Hugo ''El Loco'' Gatti

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Um argentino com uma cabeleira desarrumada, uniforme chamativo que sai constantemente do gol e que tomou frangos pra lá de humilhantes merece ser levado a sério?
A resposta é sim, já que estamos falando de Gatti, o maior pegador de penaltis da história do campeonato argentino: 26 no total.

Gatti nasceu em 19 de agosto de 1944 na pequena cidade de Carlos Tejedor (província de Buenos Aires) e estreou no Campeonato Argentino pelo Atlanta na derrota de 2x0 contra o Gimnasia y Esgrima de La Plata. Gatti jogou pelo Altanta em 1962 e 63 antes de ser contratado pelo River Plate, que pagou um valor muito alto para contar com El Loco.

No Monumental de Nuñez, Gatti alternou a titularidade com o mítico Amadeo Carrizo até ser transferido para o Gimnasia y Esgrima em 1969.
Jogando pelo 'Tripero' Gatti teve atuações destacadas e para muitos torcedores e cronistas viveu sua melhor fase da carreira em La Plata, sendo que a torcida do 'Lobo' sempre o aplaudiu quando jogou com outras camisas no estádio do Bosque.

Em 1975 Gatti foi contratado pelo Union de Santa Fé, e sua presença foi decisiva na campanha histórica que o 'Tatengue' realizou na Campeonato Argentino, onde perdeu o título para o River pela diferença de 1 só gol.

No ano seguinte o ex jogador argentino Juan Carlos Lorenzo chega ao Boca como diretor técnico e pede Gatti como primeiro reforço. Após duras negociações Gatti desembarcou na Bombonera, onde jogou de 1976 até 1988 e ganhou duas Libertadores (77, 78), dois Campeonatos Metropolitanos (76, 81), o Campeonato Argentino de 76 e o Mundial de 77.

Além de vitorioso, Gatti foi polêmico e excêntrico. Jogando um amistoso em Moscou pela seleção argentina, Gatti confirmou ter levado uma garrafa de vodka para trás da goleira. Pelo Boca jogou um amistoso contra o Platense como centroavante, vestindo inclusive a camisa 9.

Pela seleção argentina Gatti não teve o mesmo sucesso. Titular na Copa da Inglaterra em 1966, Gatti se recusou a jogar na conquista de 78 por não aceitar ser reserva do também lendário Ubaldo Fillol.

Depois de encerrar a carreira, Hugo Gatti virou comentarista e escreve no jornal As da Espanha, e segue sendo polêmico - na Copa de 2006 escreveu uma coluna onde se dizia surpreso pela quantidade de negros jogando pela seleção do Equador, fato que indignou a comunidade equatoriana da Espanha, julgando o ex jogador como racista.

Polêmico, boêmio, driblador (driblou 3 atacantes do Estudiantes de La Plata em sua grande área, pelo Campeonato Argentino) e até goleiro, Gatti marcou história no futebol argentino, por seu estilo e pelas grandes atuações que conquistaram a torcida.

Um comentário:

The Postman disse...

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