domingo, 11 de fevereiro de 2007
Deixa o homem trabalhar...
Como todos sabemos, no Brasil é extremamente comum a “dança dos técnicos”, ou seja, a constante troca de técnicos pelos clubes brasileiros. O início de temporada, na maioria das vezes, é promissor aos clubes, seja pela renovação do plantel ou, se o time foi bem na temporada anterior, pela manutenção de um grupo vencedor. Porém, começam os campeonatos estaduais e as coisas não ocorrem como o planejado, muitos times grandes fazem fiasco nos regionais e aí começa a primeiro troca de técnicos. Depois, no campeonato brasileiro, chega a ser engraçado, alguns clubes chegam a ter 3, 4 técnicos na mesma competição. Então eu me pergunto: vale a pena trocar de técnico na primeira seqüência ruim de resultados? Não seria melhor dar apoio ao profissional e permitir que ele faça o seu trabalho com tranqüilidade, sem a pressão de, na próxima derrota, saber que seu emprego está em risco?
Os fatos não mentem, tomemos como exemplo o Grêmio FBPA que, no ano que disputou a segunda divisão (2005) contratou um técnico do interior, às vésperas do início da série B, chegou e estreou sem nem mesmo ter treinado uma vez com a equipe, resultado: derrota. O início deste campeonato foi extremamente conturbado para o Grêmio, uma alternância entre derrotas e vitórias deixava a torcida em dúvida quanto à capacidade da equipe, do técnico e até mesmo da direção, que havia assumido o clube naquele ano. Porém, o técnico foi mantido, aos poucos a equipe foi tomando rumo, o treinador conseguiu dar a sua cara ao time, que acabou se sagrando campeão naquele ano, depois de uma partida histórica contra o náutico. 2006 era um ano que se mostrava muito mais animador ao torcedor gremista, a volta à elite deixava todos mais aliviados. Todavia nas quatro primeiras partidas o time sofreu 3 derrotas, alguns torcedores queriam a cabeça de Mano Menezes, seu emprego estava em jogo, mais uma vez, acertadamente, a direção o manteve e deu tranqüilidade para que ele continuasse no comando da equipe, o Grêmio acabou em terceiro lugar, com uma bela campanha.
Teríamos muitos outros exemplos, os 5 primeiros colocados no último campeonato brasileiro não trocaram de técnico durante a competição, enquanto os clubes onde houve troca-troca acabaram na parte de baixo da tabela. Neste início de temporada o fluminense já está realizando sua primeira troca, o que não é nada bom, o palmeiras é outro clube onde o técnico não tem seu emprego garantido, seria altamente recomendável manter o treinador. Portanto, como diria nosso sábio presidente da república: “deixa o homem trabalhar”.
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