segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Sudáfrica cada vez mais próxima

Depois de sete rodadas, as Eliminatórias Sul-Americanas enfim parecem menos obscuras. Nos últimos encontros, certas seleções demonstraram novamente o forte poder de fogo (Paraguai), outras evidenciaram o bom momento (Uruguai) e algumas ainda hesitam claramente (Chile). O Brasil, animado com a goleada em Santiago, não mostrou nada além do óbvio: a seleção, por mais enganadora que seja (e é), irá para a Copa do Mundo de 2010.

No frio Monumental de Nuñez, a Argentina seguiu sem vencer em 2008. Da falta de resultados, algumas mudanças devem ocorrer. A AFA já admite utilizar o interior do país em seus compromissos como mandante, com o objetivo de criar um clima mais incendiário e selvagem para seus oponentes. Oponentes que cada dia são mais audaciosos, como o Paraguai, que saiu vencendo, viu o raçudo Tévez novamente ser expulso, mas não pôde impedir Kun Agüero de igualar tudo: 1-1. A mídia paraguaia dividiu-se em rir dos argentinos e salientar as chances perdidas de matar o jogo e deixar Buenos Aires com três gloriosos pontos.

Em Bogotá, triunfaço charrúa. Com um cabeçaço de Sebastián Eguren, o Uruguai venceu em território cafeteiro após meio século. No final, a partida tomou rumos épicos quando parte dos refletores apagaram e o brasileiro Leonardo Gaciba mandou a peleia prosseguir. Na penumbra e com atuações destacadas de Juan Castillo, Diego Lugano, Eguren e Forlán, os uruguaios garantiram o 1-0 e finalmente encontram-se na zona de classificação, no quarto lugar.

Me limito a dizer que o Brasil foi superior à generalizada loucura chilena. A organização do Chile foi triste. Correria desenfreada por todos os cantos, cruzamentos de letra, pedaladas completamente sem objetivo e uma defesa fraquíssima: os cinquenta mil presentes no belíssimo Estádio Nacional não observaram mais do que isso dos locais. O Brasil teve Luís Fabiano, de esforçada e iluminada atuação, uma marcação inteligente e um arqueiro seguro. Bastou para triunfar por 3-0.

A Venezuela caiu diante do Peru, em Lima, e perdeu parte do entusiasmo inicial. Em Quito, o Equador derrotou a Bolívia - próximo adversário do Brasil, quarta, no Engenhão - por 3-1. Os celestes voltarão a llenar o Centenário (mais de vinte mil entradas vendidas em um dia) também na quarta, em interessante duelo com os equatorianos.

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