sábado, 23 de maio de 2009

O Rio-Nal dos balões

Na semana em que o céu de Santa Maria esteve CORUSCANTEMENTE preenchido por BALÕES, Riograndense e Inter-SM protagonizaram novamente um clássico local - promovido pela mesma prefeitura INTEGRALISTA que atraiu os objetos voadores para os NOSSOS céus. Estimulados pela bagatela de 40 mil reais para cada um, periquitos e colorados voltaram a se enfrentar depois de dois anos e a Baixada foi palco até de conflito entre as torcidas.

Desde o regresso futebolístico do Riograndense, em 1999, não me recordo de nenhum Rio-Nal em que imprensa e torcida apontassem o quadro ferroviário como favorito para a vitória. O de quinta-feira, um amistoso que comemorava os 151 anos da cidade, quebrou essa sequência. E as razões eram explícitas: o rubro-esmeralda chegou embalado com a vice-liderança do seu grupo na sempre respeitável Segundona, enquanto o onze do Internacional foi formado pela equipe de juniores - ainda não está definido se o Inter disputará algo no segundo semestre.

O critério para escolher a Baixada como a cancha da partida foi bastante simples: o estádio dos Eucaliptos não conta com refletores em sua estrutura, e o jogo, no meio da semana, precisaria ser à noite. A arquibancada lateral quedou-se toda para PARTIDÁRIOS do colorado, sendo que o diminuto canto ao lado do pavilhão foi o destino dos cerca de trezentos torcedores do Grandense que atravessaram a Avenida Rio Branco rumo ao Presidente Vargas. A geral atrás do gol foi escolhida para ser a divisória das torcidas, o que não impediu uma correria seguida de distúrbios com rojões entre as BARRAS da cidade - Ferroviários 78 e Fanáticos da Baixada.

Ao jogo, enfim. Nos primeiros vinte minutos, os habilidosos ofensivos colorados penderam pela banda direita, e por ali saíram refinidas tabelas que iludiram momentaneamente a defesa do Riograndense, uma das menos vazadas entre todos os quadros da Segundona. OFENDIDO com a audácia inicial da JUVENTUDE colorada, o Riograndense ignorou o caráter pacífico do enfrentamento e decidiu jogar. Apertando a marcação e intimidando com alguns coices, pouco a pouco o Periquito DOMAVA a SELVAGERIA do Rio-Nal. A primeira etapa findou com um casto zero a zero.

Aproveitando a INTENSIDADE FÍSICA herdada em verdadeiras batalhas campais em cidades como Júlio de Castilhos, Carazinho e VACARIA, o que se viu na segunda etapa foi uma chacina em verde e vermelho. Os juniores resistiram acuados e sem possibilidades reais de atacar até o primeiro gol da noite, o primeiro também de Juninho Laguna no seu retorno ao Riograndense. Com a vantagem no placar, os de Alfinete até relaxaram os músculos e controlaram a GURIZADA sem maior esforço. Zé Carlos, depois de abusar de finalizações lamentáveis, gambeteou friamente um beque e anotou o segundo e derradeiro tento do clássico.

Mantido o PLACAR CLÁSSICO, os últimos minutos serviram para a sofrida gente do Riograndense ostentar a superioridade em Santa Maria e para Bonaldi e cia. garantirem o segundo troféu em menos de uma semana: no último domingo, ao bater o Lajeadense por três gols a um, o Periquito também foi presentado em razão das comemorações da cidade. Depois das persistentes AGRURAS que rondavam o destino dos ferroviários na última década, o Riograndense, inspirado pelos BALÕES, sonha alto e exibe, com orgulho, os últimos resultados. O Rio-Nal pode ter dado o entusiasmo que faltava para acreditar de verdade no sonho de ascender à elite.

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