
Às vezes.
E ninguém sabe disso. Não se trata da pouca divulgação que têm esses jogadores simbólicos do interior. Até existem aqueles sobre os quais os holofotes são mais luminosos. Existe

Bonaldi, conforme textos anteriores de um blog que, por coincidência, é este aqui, bate faltas de distâncias imensuráveis com precisão inacreditável. O meio de campo parece ser o semicírculo da grande área, pois dos seus pés, não interessa de onde, a pelota sempre, sempre, sempre e sempre até que a eternidade se estenda, irá na direção do arco. Passar da linha fatal é outra história, mas o esférico invariavelmente acerta o retângulo formado por três ferros e uma marca de tinta, não cal, pintada na grama.
Enfim, Bonaldi sabe fazer mais que bater faltas e, por exagerado que pareça, em alguns momentos de adrenalina

Contentou-se em destruir, um a um, os ataques missioneiros. Cabeçadas salvadoras quando a área fervia. Chutões quando só uma perna, a sua, poderia evitar que a bola pousasse nos pés de um visitante. Carrinhos vigorosos para acabar com a festa de velocistas que se entusiasmavam na direção da meta santa-mariense. De Bonaldi, nada passava. Assim críamos, especialmente no segundo tempo. Durante o primeiro, o Riograndense esteve bem, fez 1 a 0 com Giovani aos 26, e não se apequenou. Mas no segundo, o quadro pintado mereceria avaliação abaixo da média geral do time no campeonato. Nós, que assistimos à etapa complementar atrás do gol do Santo Ângelo, acreditando em ataques dos locais, que sabemos bem: o time só se defendeu.


De Bonaldi, nada passava. Repetíamos agora com mais convicção. E dele nada passaria, se a bola estivesse rolando. Mas com ela parada a responsabilidade não era sua e, só um minuto depois do seu milagre, o camisa 6 do Riograndense teve de ver a redonda dentro de suas redes, colocada lá dentro por Luís Antônio para firmar o 1 a 1, numa falta. Para felicidade dos torcedores que se prestaram a ir ver um jogo nos Eucaliptos às TRÊS E MEIA DA TARDE DE UMA QUINTA-FEIRA, a apatia ofensiva do quadro da casa sumiu toda com o empate consumado, e as chances voltaram a se suceder. Alfinete, substituindo Silvano, devolveu as perspectivas de vitória e, nas últimas voltas do ponteiro, cavou um pênalti que aparentemente não existiu.
O árbitro comprou a versão de Alfi, marcou a penalidade e ainda expulsou o zagueiro da SER Santo Ângelo. Na cobrança, um Luís Fernando que vinha errando com persistência cada escanteio que batia, teve melhor sorte que nos tiros de canto e, apesar de chutar no mesmo lado para o qual o goleiro saltou, pôde fazer 2 a 1. Presente de aniversário pro clube e quase confirmação de que o segundo lugar da chave deverá ser do Riograndense. Antes disso, justiça para Bonaldi, o capitão que não podia sair de campo com menos de três pontos. Não hoje.
Um comentário:
Olha meninos, estou adorando esse blog. Parabéns... vcs escrevem de uma maneira ímpar... Me divirto poraqui. Grande matéria Maurício.
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