O despertador anuncia o novo dia às 6:30 da manhã e as Seleções Brasileiras, lá nas Olimpíadas, já jogavam há quase um primeiro tempo inteiro. A última experiência de ver o Brasil e outros atuando em horários pouco convenientes é recente, data da Copa do Mundo de 2002, mas aqueles dias em que cidades inteiras abriam os olhos de madrugada para acompanhar as rodadas são incomparáveis com a indiferença dos atuais.
Ontem e hoje, nos curtos minutos entre acordar e sair, mais escassos pelo intervalo dos jogos pegando a maior parte desse tempo, nem cheguei a ver meia hora das duas estréias do Brasil, no feminino e no masculino. Ainda bem! Quem assistiu ao confronto de hoje contra a Bélgica relatou momentos de desespero, vontade de fugir logo para o trabalho e tigelas de sucrilhos quase atiradas na TV, num protesto à qualidade apresentada contido apenas para não estragar o aparelho, porque o futebol bem merecia. E o Brasil ainda venceu, parece, por 1-0. Dizem que o jogo das mulheres contra a Alemanha não foi tão ruim, mas ninguém convence que se perdeu algo ao não ver um 0-0.
Os resultados das outras partidas, aparentemente mais movimentadas, permanecem misteriosos para muitos aficionados. A verdade óbvia é que as Olimpíadas não são uma Copa do Mundo e o nível dos times falha em conseguir captar o interesse causado por essa desimportância. Poucos acharam válido sacrificar parte do sono ou puderam matar um pedaço do trabalho vendo as peladas nos gramados chineses. Não valia a pena, não há mobilização para isso. Queremos o ouro, sim, mas só contem com a nossa torcida para a final.
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