Tempos estranhos, vive o Internacional de Santa Maria após as glórias no estadual. A classificação para a Série C foi comemorada como deve ser, planos foram arquitetados para mais triunfos e um novo sucesso não seria surpreendente. Organização havia, é inegável.
Mas algo está fora do lugar. A começar pela Baixada, um notável caldeirão no campeonato gaúcho que agora não recebe quinhentas pessoas por partida. No último jogo foi possível esparrarmar-se nas tribunas de concreto sob um tímido sol dominical. O ingresso é caro, verdade, mas nada tão diferente do que foi visto no início do ano. Parte da torcida - talvez a mesma que surgiu na campanha histórica - deixou de bancar o time.
Dentro de campo também há menos empolgação. Na rápida fase de grupos é essencial vencer como local, fato que o plantel pareceu desprezar ao não analizar como péssimo resultado o empate em um 1-1 com o fraquíssimo e varzeano Toledo, do Paraná. Fraco logicamente por ser ruim, e varzeano por chegar ao ponto de trocar os números das camisetas de seus atacantes no intervalo para burlar um cartão amarelo. Chinelagem nunca vista em uma década de segundona gaúcha. Desvalorizada, esta Série C.
Pois o Inter-SM chega ainda respirando na última rodada. Necessita mais do que tudo derrotar (seria realmente interessante golear) o Engenheiro Beltrão na Melancólica. Caso Toledo e Marcílio empatem no outro jogo nem um treze a zero salvaria. A julgar pelo nível da competição, aposto num vêó mútuo dos dois. Cabe ao Inter ganhar e ilusionar futebol no outro embate. Se o improvável acontecer, que na próxima fase o time entre na competição. E que esta série não morra no segundo capítulo.
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