domingo, 1 de junho de 2008

Inútil

Diego comemora o 1-0

Acabou há pouco o irrelevante amistoso da Seleção Brasileira com o Canadá, disputado no Qwest Field, em Seattle, Estados Unidos. Uma apresentação para o gasto proporcionada pelos de Dunga, numa vitória por 3-2 vinda muito mais pela falta de qualidade dos adversários – fosse defensivamente, falhando de forma bisonha, ou no ataque, errando as chances que tentavam criar – do que pela sua própria força.

Esforçado, o quadro canadense teria sorte melhor, fosse mais competente. Saiu perdendo com gol de Diego aos 4 minutos, mas não abriu a porteira, como diz o jargão dos confrontos de grandes contra pequenos: permaneceu firme. Seis minutos depois, inclusive, alcançou o empate, após falha do arqueiro Júlio César que proporcionou o gol de Friend. Perdeu mais algumas chances imperdíveis, errou chutes frontais ao gol, e voltou para o intervalo com um 2-1 em contra, culpa de Luis Fabiano, que marcara aos 44.

Nem assim esmoreceu o Canadá. Antes do jogo, falava-se, com surpresa, que o Brasil jamais vencera o fraco selecionado norte-americano – que disputou apenas uma Copa do Mundo na história, em 1986 –, tendo dois empates em dois jogos realizados entre as seleções principais de cada país. Vendo o jogo, não havia nada de surpreendente naquele dado: se as atuações auriverdes tinham sido tão deprimentes quanto a de hoje, era coerente que não se vencesse jogo algum. E, se era ruim, o Canadá ainda dava algum sufoco nos brasileiros.

E assim chegou a um novo empate no minuto 55, em belo chute de De Guzman. Poderia ter remontado a partida e realizado seu feito no amistoso, mas aí seria demais. A Seleção Brasileira foi, pouco a pouco, amornando o embate, partindo levemente em busca de um golzinho que fechasse o placar. Encontrou aos 62 minutos, sem qualquer previsão sua: o gol de Robinho, o gol do 3-2, nasceu de uma bola terrivelmente recuada pelo defensor norte-americano, possibilitando que o ofensivo verde-amarelo interceptasse o lance, tirasse o goleiro da sua frente, e batesse à meta aberta.

Uma falha improvável para um encontro de seleções. Mas se o Canadá não fizesse dessas, não seria exemplo de time fraco. Se o Canadá não fosse um time fraco a esse ponto, apesar de todas as complicações que impôs ao Brasil, talvez o amistoso pudesse revelar algumas observações mais úteis para o futuro próximo.

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