domingo, 25 de maio de 2008

Surge um favorito?

CRUZEIRO 4-0 SANTOS
1-0: 18 min. Guilherme (C)
2-0: 63 min. Guilherme (C)
3-0: 69 min. Wagner (C)
4-0: 79 min. Maicosuel (C)

A supremacia no estadual e a boa campanha na Libertadores indicavam o que as primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro só têm confirmado: o Cruzeiro está com um time formidável para almejar o título nacional. No Mineirão, perdendo vários gols, mas convertendo outros tantos, o onze celeste não tomou conhecimento de um Santos que pensava ser capaz de se refazer rapidamente da eliminação na Copa continental. Um massacre. E um favorito para a temporada do Brasileirão? Imparável, o Cruzeiro chega a 9 pontos e se firma como único time com 100% de aproveitamento após três rodadas – além disso, tem o respeitável melhor ataque da competição (7 gols, ao lado de Figueirense e Portuguesa) e a melhor defesa, sem ver suas redes balançadas uma única vez. Ainda há uma enormidade de jornadas pela frente, e a Série A não apresenta do desequilíbrio da B, mas o time de Belo Horizonte avança ferozmente nesse início.

GOIÁS 1-1 IPATINGA
1-0: 5 min. Paulo Baier (G)
1-1: 79 min. Neto Baiano (I)

Devem faltar palavras para a torcida esmeraldina reclamar do time após a jornada de hoje. O Goiás, afinal, fez o que poucos conseguirão nessa temporada: perder pontos para o fraco Ipatinga – em casa! É bem verdade que a decadência começou após duas expulsões, mas as circunstâncias não redimem os dois pontos perdidos no fim das contas. Ameaçado de rebaixamento até a última rodada em 2007, o Goiás parece andar pelo mesmo caminho agora: é 16º colocado, com apenas 2 pontos; o Ipatinga tem o mesmo destino, mas não se constitui numa decepção, fazendo apenas o esperado, aparecendo na lanterna, e somando um único ponto – o de hoje. Como nota negativa aos goianos, além do desastroso resultado, fica o público, que não chegou a 2 mil presentes.

SÃO PAULO 1-1 CORITIBA
0-1: 14 min. Rubens Cardoso (C)
1-1: 26 min. Borges (S)

A Libertadores acabou, mas o Brasileirão, pelo menos como se esperava, com vitórias e aspirações de título, ainda não começou para o São Paulo. Outra vez, um placar longe do esperado e uma atuação pouco convincente daquele que é o bicampeão nacional. Bom para os que têm roubado pontos dos tricolores nesse início de campeonato, pois poucos imaginam que a má fase vá continuar por muito mais tempo. Por ora, no entanto, o São Paulo aparece numa improvável zona de rebaixamento, em 17º lugar, com 2 pontos; o Coritiba chegou às 4 unidades e é 7º, empatado com o Vasco da Gama em todos os critérios.

SPORT 2-1 FLUMINENSE
1-0: 23 min. Júnior Maranhão (S)
2-0: 81 min. Leandro Machado (S)
2-1: 88 min. Dodô (F)

Ainda sob os respingos do heroísmo do já lendário confronto contra o São Paulo, na última quarta-feira, o Fluminense esteve muito próximo de proporcionar uma memorável reação diante do bom time do Sport, que vencia com relativa tranqüilidade e margem de dois gols até o fim: aos 88 minutos, Dodô cobrou falta ao seu modo e marcou um novo golaço para a sua coleção. Um minuto depois, em arrancada fulminante dos cariocas, pênalti. O próprio Dodô foi para a cobrança, mas dessa vez foi infeliz: o arqueiro Magrão fez do chute fraco a chance de consagração e salvou a vitória de um Sport que terminou o jogo com dez homens em campo. Com a cabeça apenas na Libertadores, o Flu só tem 1 ponto no campeonato, e é 19º colocado. O Sport chegou aos 4 e é 11º.

PORTUGUESA 1-1 PALMEIRAS
0-1: 21 min. David (PAL)
1-1: 59 min. Diogo (POR)

De novo, faltou algo mais para o Palmeiras confirmar as expectativas e despontar rumo à parte alta da tabela. Faltou, quiçá, um gol de pênalti: quando o jogo estava ainda em 1-0, Alex Mineiro desperdiçou a penalidade máxima que mudaria a história da noite. No segundo tempo, Diogo foi lá e roubou um pontinho para a Lusa. Sem empolgar, o time de Vanderlei Luxemburgo fica em 10º lugar, com 4 pontos. A Portuguesa segue no rebaixamento, em 18º lugar, e tem 2.

ATLÉTICO PARANAENSE 1-1 ATLÉTICO MINEIRO
0-1: 55 min. Eduardo (CAM)
1-1: 61 min. Marcelo Ramos (CAP)

Dois invictos no campeonato, mas nenhum deles com maiores motivos para empolgação. Aos mineiros, contra o consolo de que o empate foi fora de casa, pesa o fato de que ele foi o terceiro nas três rodadas até aqui disputadas, e os 3 pontos não servem para levar além da 15ª posição. Aos paranaenses, que já venceram uma vez e estão relativamente bem postados na tabela, fica claro que daria para estar bem melhor: o time perdeu quatro pontos nos dois últimos empates dentro de casa, e pouco adianta o ilusório 5º lugar conferido pelas 5 unidades somadas até aqui. O jogo também representou a estréia dos novos treinadores dos dois times: nos de Curitiba, Roberto Fernandes iniciava o trabalho; nos visitantes, era Gallo quem começava a ter dores de cabeça.

BOTAFOGO 1-1 VASCO DA GAMA
0-1: 1 min. Eduardo Luiz (V)
1-1: 85 min. Lúcio Flávio (B)

Com pensamentos na Copa do Brasil, os dois rivais mandaram escalações com vários reservas para o clássico disputado no Engenhão – mesmo assim, o jogo, encerrado em mais um 1-1 do domingo, teve as naturais doses de emoção esperadas num duelo do tipo. O Vasco abriu a contagem com 50 segundos de bola rolando, enquanto o Botafogo foi buscar o empate já nos minutos finais, quando jogava com superioridade numérica de um homem, numa cobrança de pênalti. Os dois times seguem com 4 pontos, distanciados pelos critérios de desempate (o Bota é 9º, o Vasco, 7º), mas nenhum se importa com isso enquanto houver sonho na Copa do Brasil.

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