domingo, 25 de maio de 2008

Será inevitável?

Em vinte e três de março, o futebesteirol descreveu como "difícil de imaginar situação mais calamitosa que a atual" o momento do Racing Club. Dois meses depois, o tempo mostra que a desgraça não cessou, e La Academia soma míseros onze pontos em dezesseis confrontos.

O apaixonado torcedor já vê a promoção como algo concreto. O mesmo aficcionado que lotou o Cilindro em uma tarde que o Racing Club nem entrou em campo. Tempos de falência, de desesperança, de tristeza ainda maior do que a da atualidade. Mas a angústia do mesmo período foi fundamental para o gigante sobreviver. Nas mãos da torcida, que bradou que nadie puede separarnos o Racing partiu da falência rumo ao título.

Anos mais tarde, o pesadelo do Racing não é mais a quebra. Ontem, empate em 1-1 diante de um fraquísismo Gimnasia de La Plata que atuou com um a menos por bons minutos. O fantasma do rebaixamento já é algo próximo, e se não for possível evitar a promoção, restará um inglório e perigoso confronto contra uma equipe da B Nacional. Se derrotado, cairá.

Uma mobilização imensa se faz necesária. Parte da torcida protesta com violência, e durante a semana ameaçou os jogadores e comissão técnica. Assim será insuficiente. Para se reerguer e evitar o inferno, o Racing precisa da sua gente. Como fez para não fechar as portas, como fez para sair campeão. A tarefa é das mais complicadas, obviamente - mas La Academia já passou por piores. O segredo pode ser a própria história.

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