Certos momentos necessitam de alguns acontecimentos. Dias que muito provavelmente não durarão muito, e que se não aproveitados, tardarão bons anos para reaparecerem. Tempos em que se os fatos não aparecerem naturalmente, que surjam de forma quase forçada - dependendo da importância e da raridade, claro.
Pois não há ano mais glorioso para o futebol santamariense que este 2008. O terceiro lugar do Internacional na elite do Gauchão não precisa de qualquer adjetivo. Foi impossível permanecer alheio a fase que mobilizou absurdamente o torcedor. Até o fim do campeonato rendeu boas novidades na Baixada, já que boa parte do grupo deve continuar para a disputa da Série C, algo impensável até então.
E a sorte também parece pairar na parte antiga da cidade, para os lados da viação férrea. O Riograndense, desde 2004 na disputa da segundona, tem enfim um time. Longe do nível de seus esquadrões de outrora, mas é um onze competitivo. Estreou hoje na segunda fase da competição, com significativo triunfo: 3-1 no Farroupilha pelotense, em tarde de Juninho Laguna, chuva e vento frio. Com pouquíssimos recursos, o periquito realiza um honroso campeonato, e Bebeto Rosa, o técnico que subiu o rival em 2007, parece ilusionar repetir a façanha - convenhamos que o feito será muito mais complicado agora. Tornaria-se lenda.
No aniversário de 150 anos de Santa Maria, nada mais justo que a disputa do tradicional derby. Já que a diferença de "divisão" impossibilitou, que crie-se um desses tantos torneios que normalmente surgem nas horas menos pertinentes. Mas que aproveite-se o momento dos dois quadros, capaz de proporcionar um grande clássico depois de muitos anos.
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