sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Falcão em campo

Vila Belmiro, quarta-feira, 26 de dezembro. Dentro do gramado, dois combinados de craques e estrelas - do futebol, da música, do que pudesse tornar alguém notável - se reuniam para um jogo festivo. Era apenas a partida entre os amigos de Robinho e os de Carlos Alberto, mas um dos ilustres não entrava em campo para brincar.

Rei nas quadras de futsal, Falcão encarou a festa como nova oportunidade de mostrar que poderia, sim, ter dado certo dentro de campo. Acusado de abusar dos lances de efeito no terreno em que é o melhor do mundo, ele foi o mais sério dos 22 que pisaram no gramado da Vila. Deu um show, claro, mas à maneira correta: buscando o gol.

Era a metade final do primeiro tempo quando, numa bola rebatida da área, Falcão brindou o numeroso público com o lance da tarde, saltando para desferir um voleio rumo ao ângulo adversário. Golaço. Pouco importa se o jogo não era daqueles levados com a maior seriedade: foi jogada com a marca do gênio - que soube brilhar dentro de um campo que, afinal, não era o seu.

Mas poderia ser. O isolado e aplaudido gol não foi apenas mais um dos 6-4 que o time de Robinho (e Falcão) aplicou no de Carlos Alberto. Ele representou a sua silenciosa vingança àqueles que, em sua passagem pelo futebol do São Paulo, quase não lhe deram chances. Se ninguém realmente sabe do que o futebol foi privado ao perder Falcão, o golaço da quarta-feira deu uma boa pista.

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