quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Tempestade sul-americana

Foi um legítimo jogo de Libertadores da América. Luta, arbitragem polêmica, pressão da torcida local, campo embarrado, alagadiço, sob uma tempestade que acirrava os ânimos. Na realidade, era apenas mais uma rodada do Brasileirão, mas a natureza pareceu prever o encontro dos dois times na competição continental de 2008.

Nada interessava ao Palmeiras além da vitória. Os três pontos eram necessários para colocar o time na 4ª posição, obtendo assim uma vaga na pré-Libertadores. Mesmo sendo um respeitável adversário, o Fluminense se viu pequeno diante dos sonhos alviverdes. Aliás, pouco os cariocas fizeram em campo, além de chegar na área adversária alguns pares de vezes e reclamar muito pênaltis não dados nessas oportunidades.

A noite chuvosa era dos locais. Rodrigão fez 1-0 aos 35 minutos. O campo pesado era um convite à manutenção do placar. Jogar um futebol técnico passava a ser inaceitável, e a partida virou um duelo de raça e coração. Coisa que o Flu, sem aspirações no campeonato, não se empenhou em ter - ao menos, não o suficiente para superar os oponentes. Do gol em diante, só daria Palmeiras. Chances foram se acumulando, com a bola molhada aparentando ser um veneno letal para o goleiro tricolor.

Não para Fernando Henrique. Se as oportunidades eram multiplicadas no lado paulista, o arqueiro visitante ia se consagrando. Nada mais superou o gigante em que ele se convertera, com reflexos apurados e grande agilidade. Fossem seus companheiros mais competentes, e o Fluminense poderia até ter almejado um empate, mesmo sendo amplamente dominado no Palestra Itália. O placar final de 1-0 deixou o Palmeiras mais próximo do sonho da Libertadores, onde poderá reviver, eventualmente contra o próprio Fluminense, outras noites de luta como a desta quarta-feira.

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