Ao ver seu Botafogo ser rebaixado em 2002, Armando Nogueira falou em tom nada consolador, afirmando que "a Série B não é o inferno. É pior que isso." Meia década e algumas temporadas de pontos corridos depois, está surgindo um novo dilema para alguns clubes tradicionais: se a Série B é pior que o inferno, o que sobra para quem cai à terceira divisão?
A Série C tem sim glórias. Para muitas equipes interioranas de estrutura modesta, é a chance de aparecer nacionalmente em um torneio que permite sobrevida maior do que a Copa do Brasil. Para os clubes grandes, entretanto, não há nada positivo: é o fundo do poço. Que o digam o Fluminense, que passou humilhado em sua estadia por lá ainda na década passada, ou outros clubes de destaque do país, como Guarani, Paysandu, Bahia e Vila Nova de Goiás que, com sofrimento, se arrastam na última divisão brasileira - embora os dois últimos estejam caminhando para sair de lá neste fim de 2007.
Em 2002, quando era "pior que o inferno", a segunda divisão era lembrada como sinônimo de gramados esburacados, estádios semidestruídos e equipes carniceiras, aproveitando-se do pouco destaque que a competição tinha. Hoje, a segunda divisão entrou numa nova era, mudando um pouco sua imagem obscura. Com o rebaixamento tendo se tornado algo sério e as viradas de mesa enfim sendo tidas como práticas abomináveis, clubes grandes passam a freqüentar a segundona. A TV se interessa, vem dinheiro, cresce a competitividade e a estrutura torna-se melhor.
Se a Série B evoluiu, a C continuou inerte. Estádios mal cuidados, campos inóspitos, arbitragens tendenciosas, adversários e torcedores hostis ainda se encontram aos montes na terceira divisão brasileira. Isso tudo somado ao desinteresse televisivo. Estamos falando de um nível abaixo daquilo que já foi tido como pior que o inferno. E é para lá que outro clube de torcida fiel e numerosa está indo. Bem-vindo, Santa Cruz.
A Série C tem sim glórias. Para muitas equipes interioranas de estrutura modesta, é a chance de aparecer nacionalmente em um torneio que permite sobrevida maior do que a Copa do Brasil. Para os clubes grandes, entretanto, não há nada positivo: é o fundo do poço. Que o digam o Fluminense, que passou humilhado em sua estadia por lá ainda na década passada, ou outros clubes de destaque do país, como Guarani, Paysandu, Bahia e Vila Nova de Goiás que, com sofrimento, se arrastam na última divisão brasileira - embora os dois últimos estejam caminhando para sair de lá neste fim de 2007.
Em 2002, quando era "pior que o inferno", a segunda divisão era lembrada como sinônimo de gramados esburacados, estádios semidestruídos e equipes carniceiras, aproveitando-se do pouco destaque que a competição tinha. Hoje, a segunda divisão entrou numa nova era, mudando um pouco sua imagem obscura. Com o rebaixamento tendo se tornado algo sério e as viradas de mesa enfim sendo tidas como práticas abomináveis, clubes grandes passam a freqüentar a segundona. A TV se interessa, vem dinheiro, cresce a competitividade e a estrutura torna-se melhor.
Se a Série B evoluiu, a C continuou inerte. Estádios mal cuidados, campos inóspitos, arbitragens tendenciosas, adversários e torcedores hostis ainda se encontram aos montes na terceira divisão brasileira. Isso tudo somado ao desinteresse televisivo. Estamos falando de um nível abaixo daquilo que já foi tido como pior que o inferno. E é para lá que outro clube de torcida fiel e numerosa está indo. Bem-vindo, Santa Cruz.
Um comentário:
Belíssima análise.
No programa Alterosa Esportes da TV Alterosa (do SBT) de hoje, o presidente do Ipatinga, Itair Machado, disse:
"Modéstia a parte, a gente sabia que iríamos subir. O difícil é subir da Série C. E não da Série B".
Esse alçapão na foto é o campo do Villa Nova-MG, time quase centenário e quase sempre difícil de ser batido por lá. Há anos amargura a Série C ou nem isso...e foi o primeiro Campeão Brasileiro da Série B!
Confira o Raio X do Brasileiro Série B 2007:
http://futegol.blogspot.com
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