domingo, 14 de outubro de 2007

Riquelme, à perfeição

Cobrasse aquelas faltas com as mãos e Riquelme não seria preciso a tal ponto. Curva perfeita, tiro certeiro, goleiro parado, estádio atônito, pelota no ângulo, o camisa 10 vibrando enlouquecido - os dois lances só não foram idênticos por questão de alguns metros na posição em que a falta foi assinalada.

Alguns metros e vinte minutos distanciaram os tentos que definiram a partida, aos 25 e 45 minutos de confronto. No Monumental de Núñez, o Chile sucumbiu por 2-0. Sucumbiu à qualidade de um jogador que, o blog já defendeu, possivelmente seria eleito o melhor do mundo em 2007, se jogasse na Europa.

Sim, Riquelme não joga na Europa. Pode até ter voltado ao Villarreal, depois de dar a América ao Boca Juniors, mas não joga. Está parado há 90 dias no clube espanhol. Gênios, porém, não notam o tamanho desses períodos. Gênios, como Riquelme, fazem três meses de ausência parecerem nada, em alguns metros e vinte minutos. À perfeição.

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