Andrey, goleiro de 23 anos revelado pelo Grêmio, vive uma situação difícil na Romênia, onde defende - ou deveria defender - as cores do Steaua Bucareste. No clube desde o início do ano, o jogador brasileiro começou a ter problemas há dois meses. Sem receber salários neste período, ele sequer recebeu o pagamento pela sua transferência ao futebol romeno (equivalente a 50% do passe).
E a situação nada tem a ver com a lesão que sofreu na chegada ao clube e que o afastou dos gramados por meses. Seus problemas vêm da disputa de poder entre o presidente do clube Gigi Becali e o dirigente que contratou Andrey. Homem mais rico do país, Becali venceu a briga e passou a perseguir os jogadores trazidos pelo ex-auxiliar: o próprio goleiro, um jogador francês e o meia Élton, ex-Corinthians. Os dois últimos já deixaram o clube, mas Andrey continua.
Sem ceder às pressões para rescindir seu contrato - que vai até 2010 -, o arqueiro passou a conviver com constantes ameaças do presidente. Rebaixado ao time B e treinando com jogadores juvenis, o brasileiro fala que se não for embora, Becali o obrigará a viver num "bairro popular", a favela daquelas bandas. Sobrevivendo das suas economias e sem solução para logo, Andrey contratou advogados buscando resolver as coisas na Justiça. Seu sonho, agora, é deixar a Romênia na janela de transferências de dezembro, para, quem sabe, voltar ao Brasil.
Lição para muitos jogadores brasileiros, que abandonam o país acreditando que jogar no exterior é sempre sinônimo de vida arrumada. Há várias Europas no futebol. Nem todas são melhores que o Brasil.
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