Façanha

Com três de Falcão, o River Plate avança na Copa Sul-Americana após estar perdendo por 1-2 no Monumental de Nuñez, amargando duas expulsões: 4-2, uma virada memorável.

Bastava ver a atitude dos que ainda acreditavam, imediatamente após a segunda expulsão ''millonaria''. O Botafogo não precisaria nem jogar tanto futebol, ser minimamente inteligente já garantiria a vaga. O River era um time cansado por jogar uma boa parte do tempo com nove jogadores em campo, possui um time inferior tecnicamente e sua torcida gritava contra Passarella e o presidente Aguilar. Não intimidados com a situação completamente desfavorável, jogadores como Belluschi, de raça impressionante, Falcão, mostrando oportunismo e grande qualidade na finalização e Carrizo, que abandonou sua meta para alçar bolas na área carioca e buscar o improvável milagre, demonstravam fé cega.

A teimosia vermelha e branca resultou em um dos feitos mais impressionantes do ano, e o que se viu foi um Monumental rugindo. Os espetaculares 4-2 conquistados nos acréscimos inverteram a situação pós-jogo: Passarella provavelmente seria demitido, e Aguilar nunca seria tão ofendido. Veio a façanha, o lado mudou: Cuca pediu demissão, terá sua situação analisada hoje, e alguns diretores ameaçam deixar o comando do clube. Max tremeu, a zaga furou, as estrelas sumiram e o River passou.