Pato se foi. Confirmada a venda da revelação do Internacional aos italianos do Milan, o Brasil perde mais um dos seus jovens talentos: o jogador que era tido como o melhor em atividade no país, atualmente. Os colorados receberão 20 milhões de dólares pela transferência.
Um futebol com ares de colônia de exportação, como o brasileiro, precisa renovar seus nomes rapidamente. Alexandre Pato foi um exemplo caracterizador deste fenômeno. Com 17 anos, sua passagem foi tão rápida quanto inesquecível para os colorados e observadores em geral. Ele precisou de apenas 1 minuto como profissional para fazer seu primeiro gol (diante do Palmeiras, na vitória por 1-4 do Inter, a 26 de novembro). Em sua terceira partida, na vitória sobre o Barcelona em Yokohama, já conquistava o título Mundial de Clubes, entrando para a seleta galeria de deuses do Beira-Rio.
Em 2007 veio mais, e de promessa, Pato passou a ser referência dentro do time - gigantesca parte das vitórias obtidas na temporada saiu de seus pés. Vinte e sete é o número de jogos como profissional que ele fez com a camisa do Inter. Vinte e sete! Isso - mais algumas atuações pela Seleção Brasileira Sub-20 - bastou para que os grandes clubes europeus viessem a Porto Alegre para levá-lo.
O Milan ganhou a corrida, e Pato despediu-se nessa sexta-feira. Não foi o primeiro, e está longe de ser o último; não há como concorrer com os euros. Aos times brasileiros, só resta revelar novos jogadores, tentar o feito de mantê-los pelo menos até seus 20 anos, e então vendê-los por valores relativamente pequenos, dando um novo adeus. Como diz Paulo Vinícius Coelho, o PVC, "temos o campeonato mundial de aspirantes - a jogar na Europa".
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