Saem os bons, os medianos, e até os ruins. Podem ser jovens ou experientes, há mercado para eles. Pode ser até que, aqui no Brasil, estejam em clubes bem estruturados, ganhando salários altos e brigando por títulos, mas, é só surgir alguém acenando com dólares para que os nossos jogadores larguem tudo sem pensar duas vezes: seja para ir ao badalado futebol europeu, ou se enfurnar nos desertos asiáticos, em equipes sustentadas por magnatas do petróleo.
Assim se foram o corinthiano Willian, o colorado Pato, o gremista Lucas, e o botafoguense André Lima, algumas das mais destacadas transferências desta temporada. Assim também se foram centenas de outros jogadores desconhecidos por aqui, mas que acabam fazendo história - ou sumindo - nos gramados do outro lado do Oceano. A gota d'água, porém, parece ter vindo neste final de semana, com a confirmação da venda de Carlos Eduardo, também do Grêmio: jogador de um clube vice-campeão continental e presença constante nas seleções nacionais de base, Cadu não completou oito meses na equipe principal do tricolor gaúcho e já trocou o quadro porto alegrense pelo insignificante Hoffenheim, da segunda divisão alemã.
O futebol e a carreira ficaram em segundo plano no caso de Carlos Eduardo. Além da necessidade do Grêmio em fazer caixa, pesaram o salário em euros e a chance de viver em um país de primeiro mundo - mesmo que seja em seus grotões. Sabe-se lá quando, ainda veremos o dia em que o futebol brasileiro poderá dizer "basta!" ao êxodo de revelações. Quando este dia chegar, à forca com todos aqueles incompetentes que nos levaram ao ponto de vibrar por transferências que superem um miserável milhão de euros.
Um comentário:
Hoffenheim que figura na zona de rebaixamento da 2. Bundesliga, após 3 rodadas...
é para "isso" que o Brasil perde suas promessas.
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