Heroísmo equatoriano

O ouro Pan-Americano: prêmio merecido do time equatoriano

Convertido em favorito ao ouro Pan-Americano após tirar o anfitrião Brasil na primeira fase dos Jogos, o Equador sofreu para confirmar sua condição, mas, com glórias, chegou ao esperado triunfo.
Frente a um Maracanã que apoiava a Jamaica, os equatorianos se viram em grandes dificuldades no primeiro tempo: "não poderia ter sido pior", disse a imprensa local. E, de fato, as coisas foram pouco agradáveis. Foram necessários apenas 4 minutos para os jamaicanos fazerem 1-0.
O Equador tinha mais time e criava as melhores chances, mas faltava calma para definir. Desperdiçando boas oportunidades, a torcida equatoriana parecia se conformar que o ouro não viria mais. Só que os jogadores não! Se o jogo parecia definido, era hora de heroísmo, e ele veio - com dois gols agônicos.
Aos 77 minutos, aproveitando-se de um rebote, Montero igualou o embate. Sete minutos depois, veio a virada: Zura, convertendo uma penalidade máxima, concluiu o 1-2. A partir daí, foi questão de administrar o resultado com a tranqüilidade que havia fugido nos minutos anteriores. A Jamaica não pôde reagir, e o Equador botou no peito sua primeira medalha de ouro futebolística em todos os tempos.
Foi mais uma afirmação do futebol equatoriano, que entre tropeços e vitórias, vem ascendendo no cenário continental.