terça-feira, 10 de abril de 2007

Retorno na Champions

Definidas já duas partidas das quartas-de-final européias nesta terça-feira. Vamos aos grandes jogos da tarde:

Manchester United (ING) 7-1 Roma (ITA)
Não, não é um delírio! Embora a vitória de hoje deva ter feito muitos torcedores ingleses chegarem ao tal delírio, o 7 a 1 para o Manchester United, numa partida inolvidável disputada no Old Trafford, foi bem real. Tudo deu certo para os ingleses, tudo falhou pelo lado italiano, e o placar se construiu. A Roma, que vencera o confronto de ida por 2-1, acreditava-se segura em sua pequena vantagem - logo ficou claro que era um engano. Os "devils" de Manchester entraram avassaladores e, amontoaram gols. Aos 20 minutos, o time inglês já vencia por confortáveis 3-0 (gols de Carrick, aos 11 minutos; Smith, aos 17 e Rooney, aos 19). Perplexidade geral e uma Roma que não entendia o que se passava. Aproveitando-se da situação, o Manchester seguiu pressionando e alcançou o quarto gol aos 44 minutos: desta vez, foi Cristiano Ronaldo o responsável pelo gol. Intervalo de jogo e o placar já despontava com 4-0 para o Manchester United. A eliminação da Roma já era óbvia e o que pairou no ar foi a ansiedade para se construir recordes. A maior vitória, em todos os tempos, nas quartas-de-final do principal torneio europeu ocorreu em 1958: naquele ano, o mágico Real Madrid de Di Stéfano e Puskas impôs sensacionais 8-0 diante do também espanhol Sevilla - o Madrid acabaria campeão europeu. Chegar aos 8 gols parecia demais para o Manchester, mas mesmo aqueles que duvidavam tiveram que se curvar a esta possibilidade, pelo simples fato de que os ingleses não se acomodaram com a vitória fácil. Pelo contrário, o Manchester foi pra cima cada vez mais, sendo novamente recompensado, com gols de Cristiano Ronaldo, aos 49 e Carrick aos 60 minutos de tempo agregado. Dois terços do jogo haviam se passado, e no placar do Old Trafford, despontava um inquestionável 6-0. A partir daí, o jogo tomou entornos mais conformistas - a Roma liquidada e nocauteada, diante de um Manchester que, contente, só chegava esporadicamente. Ainda sairiam mais dois gols: De Rossi, aos 69 minutos, fez o tento de honra para os romanos, enquanto Evra deu a resposta da parte inglesa, marcando o sétimo gol dos "devils", aos 81 minutos de jogo. Incríveis e majestosos 7-1 para o United. Uma goleada histórica e que, mais do que nunca, torna os comandados de Alex Ferguson fortes favoritos à conquista do título Europeu.

Valencia (ESP) 1-2 Chelsea (ING)

A outra partida desta rodada teve menos gols, mas nem por isso, deixou de ser eletrizante. Com o 1-1 em Londres, no jogo de ida, absolutamente nada estava definido para o confronto de volta hoje, deixando as expectativas em suspenso e, acima de tudo, fez com que as equipes adotassem posturas cautelosas. Foi valendo-se de preocupação, que ambas as equipes começaram a partida desta terça-feira, disputada no estádio valenciano Mestalla. Quem criou as primeiras chances reais, foi o Chelsea, mas a resposta dos espanhóis veio na seqüência. A esquadra valenciana começou a criar chances de cada vez mais perigo (como uma bola na trave, em chute de Morientes, aos 30 minutos) e, finalmente, aos 32 minutos da etapa inicial, furou o bloqueio inglês: o próprio Morientes faria o tento, deixando as coisas em 1-0. Nos minutos que se seguiram, o Chelsea, que com o resultado daquele momento, ia sendo eliminado, tentou ensaiar reação, mas não encontrou formas de evitar que o placar do intervalo fosse 1-0 favorável à equipe espanhola. Mas na etapa final de jogo, sabendo do que precisava fazer, o Chelsea de José Mourinho voltou com postura diferente. Mudança que melhorou a equipe como um todo, e que deu frutos aos 52 minutos, quando Shevchenko fez o gol de empate, deixando o placar em 1-1 no Mestalla. O placar, idêntico ao do jogo de ida, estava levando a partida à prorrogação. Contudo, o empate alcançado pelo Chelsea fez o time inglês crescer mais e mais no jogo, tornando-se senhor das ações da partida. Amedrontado, o Valencia optou pela covarde tática de segurar o jogo, sabendo que se levasse um gol as coisas iriam apontar para o caminho da desgraça. A tática dos espanhóis ia dando certo, e ao que tudo indicava, a disputa dos 30 minutos de prorrogação seria necessária. Mas o futebol não costuma ter piedade dos covardes e, novamente, a postura defensiva de um time voltou-se contra ele. O jogo já estava em seu crepúsculo, quando aos 90 minutos de tempo agregado, Essien, do Chelsea, acertou um chutaço cruzado, indefensável para Cañizares. 2-1 para o Chelsea. Uma virada que impossibilitava reação dos espanhóis e coloca o Chelsea em uma interessantíssima semifinal continental. Ao que tudo indica, teremos duelo inglês, pois o Chelsea pega o classificado entre Liverpool e PSV (o Liverpool venceu o jogo de ida, na holanda, por 3-0).

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