segunda-feira, 19 de março de 2007

Copa dos Campeões da Europa de 1960

Temporada de 1959/1960. A Copa dos Campeões da Europa ainda vivia suas primeiras edições e já via um gigante surgindo. Seu nome? Real Madrid. Sim, muito antes da era de marketing e dos galácticos do início do Século XXI, o Real Madrid já tinha grandes glórias. A Copa dos Campeões da Europa, criada com a idéia de englobar os campeões nacionais dos países do continente havia tido sua primeira edição na temporada 1955/1956. Portanto, em 1960, estava acabando a 5ª edição. O Real Madrid vencera simplesmente as quatro edições anteriores, em 1956, 1957, 1958 e 1959.

O clube espanhol, com a formação mágica, de Puskas, Di Stéfano, Gento, Rial, Kopa e outros, seguia arrasador no cenário continental naquela temporada que se encerrava em 1960. O time de Madrid estava novamente favorito e podia conquistar um espetacular penta-campeonato. Sempre arrasador, o Real Madrid foi passando pelas fases classificatórias sem tomar conhecimento de seus adversários, e tendo uma média espetacular de gols marcados por jogo. Cumprindo seu papel, o esquadrão merengue classificou-se à final, que seria disputada em Glasgow, Escócia, após eliminar os seguintes adversários, na ordem (entre parênteses, os resultados dos confrontos): Jeunesse D'Esch, de Luxemburgo (7x0 e 5x2); Nice, da França (2x3 e 4x0) e o Barcelona, no clássico espanhol (3x1 e 3x1).

Do outro lado, uma equipe alemã - a primeira daquele país a chegar numa final européia. O adversário era o aguerrido Eintracht Frankfurt, campeão nacional de 1959 e que vinha com boas atuações a nível europeu. Para chegar a final, o time de Frankfurt eliminou, na ordem: Young Boys, da Suíça; Wiener Sport-Club, da Áustria e Glasgow Rangers, da Escócia. Invicto em todas as partidas que disputara e credenciado após duas goleadas nas semifinais (6x1 e 6x3) sobre o poderoso Rangers, o time alemão prometia complicar muito a vida do Real Madrid.

Um duelo de titãs, como definiu-se na época. De um lado, o então tetra-campeão europeu. Como desafiante, um time que vinha invicto e talvez jogando o futebol mais garboso daquela Copa dos Campeões. Tudo indicava que seria um jogo para ficar na história - e foi. O tradicional estádio de Hampden Park, em Glasgow, viu aquela que até hoje é tida como a melhor final de Copa dos Campeões da Europa em toda a história. Um jogo de 10 gols, uma atuação brilhante do Real Madrid e um Eintracht Frankfurt que nunca desistiu do sonho de levar a taça à Alemanha.

Em ritmo alucinante, o Real Madrid conquistaria o penta-campeonato europeu, ao vencer aquela final por inigualáveis 7x3 - depois de sair perdendo. Liderado, como sempre, pela dupla infernal de Di Stéfano e Puskas, o Real Madrid mostrou toda a sua força e o futebol que ainda hoje é considerado por muitos o mais próximo da perfeição que um clube de futebol já chegou. A ordem espetacular dos gols, com seus respectivos tempos, foi esta: 18' Kress (EF); 27' Di Stéfano (RM); 29' Di Stéfano (RM); 45' Puskas (RM); 56' Puskas (RM); 60' Puskas (RM); 70' Puskas (RM); 72' Stein (EF); 74' Di Stéfano (RM) e 76' Stein (EF).

A "final do século", foi presenciada por 135 mil espectadores, que acotovelaram-se para não perder um lance daquele jogo espetacular. O Eintracht Frankfurt alinhou-se para aquele jogo com: Loy; Lutz, Eigenbrodt, Höfer; Wellbächer, Stinka, Kress, Linder; Stein, Pfaff e Meier. Time treinado por Paul Osswald.

No lado do Real Madrid, entrou em campo a tradicional formação, composta por: Domínguez; Marquitos, Santamaría, Pachín; Vidal, Zárraga, Canário, Del Sol; Di Stéfano, Puskas e Gento. O treinador era o lendário Miguel Muñoz.

O compacto deste jogo mais que histórico, você confere abaixo:




Aquele título marcou o penta-campeonato europeu do Real Madrid. Fechando um ciclo espetacular de conquistas continentais, iniciado em 1956. Ainda em 1960, numa idéia que foi apoiada pelo presidente Santiago Bernabéu, o Real Madrid enfrentou o campeão sul-americano Peñarol (do Uruguai), na primeira edição da Taça Intercontinental. A formação merengue, sem tomar conhecimento dos uruguaios, empataria por 0x0 em Montevidéu e massacraria por 5x1 em Madrid, tornando-se assim, o primeiro clube a conquistar o título mundial.

Um comentário:

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado