segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Libertadores, sinônimo de emoção!

"Algumas pessoas acham que futebol é uma questão de vida ou morte. Eu discordo. Futebol é muito mais importante que isso." Bill Shonkly, ex-técnico do Liverpool

Essa frase demonstra a importância que tem o futebol para alguns torcedores. A cultura do país pentacampeão do mundo transpira futebol, esse esporte está inserido na mentalidade do povo de tal maneira que alguns indivíduos gastam mais de 50% do seu salário com o clube do coração, comprando ingressos, bancando viagens, pagando mensalidades de sócio, comprando produtos do clube, etc. A Copa Libertadores da América é a competição ideal para demonstrar essa paixão pelo futebol, esporte esse que mexe com as emoções do torcedor de uma forma impressionante. Em 90 minutos de jogo as emoções vivenciadas são extremamente intensas, desde a alegria pelo gol marcado e a tristeza pelo gol sofrido até a angústia de ver o time tomando pressão para segurar um resultado, por exemplo. Quem não está ligado ao futebol por essa paixão pode considerar isso tudo uma babaquice, mas só considera isso pois nunca teve esse sentimento inexplicável.

Eu não gasto 50% do meu salário com o Grêmio, até porque ainda nem recebo salário, mas posso me inserir nesse time dos torcedores fanáticos. Nessa semana de estréia na libertadores, os nervos estão à flor da pele, a ansiedade toma conta, não vejo a hora de a equipe entrar em campo. Apesar de já estar acostumado a ver meu time disputar essa copa, o retorno tem um gostinho especial e a estréia dá um friozinho na barriga. Faço essa coluna em homenagem a essa estréia e desejo toda sorte e competência do mundo ao meu clube do coração. Espero estar extremamente contente à 00:45 da próxima sexta-feira.

O trecho abaixo, retirado de um texto escrito por Divino Fonseca, talvez defina melhor do que o meu a paixão que envolve o futebol e a conquista de um título:

Com o rosto sangrando, os pés enterrados no gramado barrento, De León ergueu a bela Taça da Libertadores da América e recusou um pedido para que sorrisse - enquanto o Olímpico, vazio apenas num canto até há pouco ocupado por 4 mil torcedores do Peñarol, chegava ao delírio.

Próximo dali, no meio de outro bolo, Tita, com o supercílio aberto, sujava de sangue a lapela do paletó do presidente Fábio Koff num abraço apertado e depois se agarrava a César, autor do gol da vitória, e gritava-lhe, chorando: 'Português, Português, você é demais!'

É assim, com sangue, suor e lágrimas, que se ganham os grandes títulos. Titulares e reservas corriam e saltavam por todas as partes do campo, amalucados, enquanto a torcida entoava seu novo canto:

Grêeeemio, Grêeeemio, nós somos campeões da América! Sim, aqueles 2x1 sobre o Peñarol, naquela noite de quinta-feira, tinham dado ao Grêmio o até então inédito - e saborosíssimo, pois conquistado na cidade do Internacional - título de campeão da América.


Um comentário:

Cris Marques disse...

Bah
Nunca sonhei e esperei tanto uma Libertadores, vai ver pq a medida que a gente cresce, o amor ao Grêmio tbm cresce!

Vamos Grêmio, agora começa a caminhada rumo ao Tri! Vamos erguer essa taça novamente!