segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A queda

Era demasiado tarde, porém o correto foi feito. Após fracassos e demonstrações claras de incapacidade, Javier Aguirre foi demitido do Atlético às treze horas, horário de Madrid.

Apesar de ter levado o time madrileño novamente a uma liga dos campeões, depois de longos doze anos de ausência, o treinador mexicano era altamente contestado tanto pela diretoria colchonera quanto pela torcida.

Eterno questionado no Manzanares, Aguirre teve um começo difícil, porém recolocou o Atlético Madrid no seu lugar, entre os grandes. Tal glória foi ofuscada parcialmente por pífias atuações contra times medíocres, e por vezes fracos da liga espanhola, como os últimos dois empates, 1-1 contra o Almeria e 1-1 contra o Málaga, além da derrota em casa para o Valladolid na última rodada por 2-1. Além de enganos táticos, como os que eliminaram o Atlético frente à pouco tradicional equipe inglesa do Bolton na Copa da UEFA do ano anterior, fatores que mostravam claramente o despreparo do mexicano para comandar um time de ponta da Espanha.

Em apenas seis horas, o substituto de Aguirre foi definido: Abel Resino, treinador do Castellón, assumirá o lugar deixado pelo treinador mexicano. Talvez um acerto precipitado por parte do Atlético, visto que o histórico de Abel não é o mais favorável. Muitos torcedores não o consideram treinador de ponta e, vistas as estatísticas, realmente não é. A mais perturbadora delas é a marca de um ponto em vinte e quatro possíveis, enquanto treinava o Levante na temporada passada. Tal campanha levou o time ao rebaixamento.

As chances estão contra o Atlético agora, uma troca de comando poucos dias antes da importante partida contra o FC Porto pela Liga dos campeões parece temerária. Porém, assim como tudo pode dar errado, pode dar certo para a equipe colchonera. Ela tem potencial para bater o Porto, precisa apenas ser bem escalada, tarefa que recairá sobre Abel Resino.

Um comentário:

Maurício Brum disse...

Se o Resino for como treinador metade do que foi como goleiro na temporada 90/91, quando levou 17 gols em 33 jogos, tá bem de técnico o Atleti.

Mas o Resino não é, então azar dos rojiblancos.